Browsing by Author "Esteves, Karine Pimenta"
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- Novos alvos na farmacoterapia da obesidadePublication . Esteves, Karine Pimenta; Pimenta, AdrianaAtualmente, a obesidade é um tema que merece uma atenção acrescida devido ao aumento e da sua prevalência entre a população mundial, nomeadamente entre as crianças, que desde cedo são afetadas por esta patologia correndo graves riscos de desenvolverem futuras comorbilidades. Esta é uma doença multifatorial que resulta da interação complexa entre fatores genéticos, metabólicos, hormonais, ambientais, comportamentais e culturais. A hiperfagia, o consumo excessivo de lípidos e hidratos de carbono e sedentarismo são os principais fatores implicados na sua fisiopatologia. O método mais utilizado para o diagnóstico da obesidade é o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). O excesso de peso (IMC de 25 Kg/m2 ou mais) e a obesidade (IMC maior que 30 Kg/m2) são a quinta causa de morte a nível mundial, pelo que é fundamental reunir esforços no sentido de reduzir esta epidemia. A reduzida eficiência a longo prazo das modificações de estilo de vida isoladamente exige a necessidade de outro tipo de intervenções, seja por meio do uso adjuvantes de uma (farmacoterapia) ou abordagem mais invasiva, a cirurgia. A cirurgia bariátrica, embora até hoje tenha-se mostrado o método mais efetivo de tratamento dessa enfermidade, pode estar associada a dificuldades nutricionais e metabólicas ainda não totalmente esclarecidas. Por outro lado, a disponibilidade de fármacos anti obesidade ainda é muito limitada, por isso é importante perceber toda a história que levou à suspensão de alguns fármacos previamente existentes, por questões de segurança. A lorcaserina e a combinação de fentermina-topiramato são dois medicamentos aprovados pela Administração Federal de Alimentos e Medicamentos (FDA, do inglês Food and Drug Administration) recentemente, em 2012. O cetilistato, um inibidor das lipases é assumido como fármaco seguro e ainda mais eficaz, em comparação com o orlistato e encontra-se na fase III de ensaios clínicos. Outros fármacos promissores e que estão em ensaios clínicos de fase III são o liraglutido, um análogo do peptídeo semelhante à glicagina 1 (GLP-1, do inglês Glucagon-like peptide-1), que atua através dos mecanismos periféricos, e a associação bupropiona-naltrexona que atua através de um mecanismo central misto, como inibidor da recaptação de dopamina e noradrenalina e como antagonista dos recetores opioides-μ.
