Browsing by Author "Diogo, Lee-Ann Reis"
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- Tradução e adaptação cultural do “Mississipi aphasia screening test” para a população portuguesaPublication . Diogo, Lee-Ann Reis; Freitas, Susana VazDe entre as principais alterações da comunicação que têm como causa um distúrbio ou lesão neurológica encontra-se a afasia (Talarico, Venegas & Ortiz, 2009). Sabe-se que as perturbações adquiridas da linguagem e da fala em quadros neurológicos do adulto afectam quer a competência linguística propriamente dita (afasias), quer o desempenho linguístico. Estas perturbações coexistem frequentemente e, desenvolvem-se com parte de uma doença neurológica que é resultante de áreas cerebrais relacionadas com a linguagem e fala (Almeida, 2009). Os processos de produção da fala e linguagem englobam actividades distintas do córtex cerebral. Desta forma, diferentes tipos de alteração no Sistema Nervoso Central (SNC) podem resultar em diversos distúrbios de linguagem e/ou fala (Talarico, Venegas & Ortiz, 2009). Estes autores referem que o acidente vascular cerebral (AVC) e o traumatismo crânio-encefálico (TCE) são as causas mais frequentes (na prática clínica) para as lesões cerebrais, as quais podem resultar em alterações decorrentes da linguagem e/ou fala. A avaliação da linguagem e comunicação inclui observações bem estruturadas baseadas nos resultados de screenings de avaliação em contexto de internamento, baterias de avaliação da linguagem compreensiva em afasias e/ou testes de funções específicas da linguagem (Patterson & Chapey, 2007). Os screenings fornecem um meio eficiente para a determinação da presença ou ausência de afasia e para o desenvolvimento de ideias para uma posterior avaliação e procedimentos a ser utilizados numa intervenção inicial (Al-Khawaja, Wade & Collin, 1996; Salter et al., 2006 cit. in Patterson & Chapey, 2007). Embora as avaliações de triagem não forneçam descrições detalhadas dos défices específicos da linguagem, elas representam um meio rápido e eficiente de determinar a presença ou ausência de défices da linguagem, particularmente entre os pacientes que podem não ser capazes de tolerar um processo de avaliação prolongado (Košťálová et al., 2008). Para pacientes com perturbações linguísticas severas, uma prolongada avaliação da linguagem por meio de baterias pode não ser importante para uma avaliação sequencial. A maior desvantagem de utilizar baterias de avaliação da linguagem com pessoas com afasia é o facto de que pequenos progressos ao longo do tempo podem não ser realçados nas cotações finais e, para além disto, os pacientes podem ficar frustrados devido ao prolongado tempo de aplicação da bateria (Nakase-Thompson et al., 2005). Segundo Obler & Gjerlow (1999), os terapeutas da fala contribuem com o seu conhecimento especializado sobre afasia e as suas investigações clínicas e teóricas para os problemas de linguagem. Desta forma, o presente estudo tem como objectivo principal verificar se o “Mississipi Aphasia Screening Test” foi bem traduzido para a língua portuguesa e se este é um meio eficaz de avaliação das competências linguísticas em adultos que tenham sofrido uma lesão neurológica, tendo por base a opinião de terapeutas da fala especializados nesta área de intervenção em Terapia da Fala.
