Browsing by Author "Correia, Susana Margarida Matos"
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- Regulação do apetite e o papel da farmacologiaPublication . Correia, Susana Margarida Matos; Silva, RaquelA necessidade da compreensão dos sistemas fisiológicos que regulam o apetite aumentou consideravelmente na última década, sendo que os mecanismos de controlo do apetite têm sido estudados, focando principalmente as funções hipotalâmicas, regulando o aspeto metabólico da alimentação. Os sistemas de controlo do apetite estão muito mais voltados para o armazenamento energético do que para a perda de peso, pois sabe-se quais as dificuldades em perder peso e como o “cérebro cognitivo” vence o “cérebro metabólico”. Por vezes, os problemas na regulação do apetite podem dar origem a patologias associadas aos distúrbios alimentares, tais como a obesidade, a anorexia e a bulimia. Para tal, é necessário adotar-se mudanças no estilo de vida, podendo ser necessário recorrer ao auxílio de tratamento farmacológico (fármacos estimuladores do apetite ou inibidores do apetite). Para uma melhor compreensão destes aspetos, aplicou-se um inquérito a 50 utentes de uma farmácia, composto por uma série de perguntas referentes aos dados sócio-demográficos dos utentes, bem como da sua composição corporal, dos seus dados clínicos, dos hábitos alimentares, dos hábitos de sono e dos hábitos da prática de exercício físico (variáveis explicativas), de modo a correlaciona-las com a dificuldade na regulação do apetite e a utilização de fármacos para tal (variáveis resposta). A amostra constituída por 70% (35) mulheres e 30% (15) homens, possuíam idades entre os 25 e os 87 anos, sendo que 20 pessoas demonstraram ter problemas em regular o seu apetite, dos quais apenas 7 admitiram tomar medicação para o efeito. Através da interpretação e análise dos dados colhidos, efetuou-se um teste de correlação de Pearson, demonstrando que somente existia uma correlação linear positiva entre a dificuldade na regulação do apetite e o índice de massa corporal. Tal facto, poderá estar relacionado com os resultados obtidos para o IMC médio amostral, indicando que a amostra possuía excesso de peso. Os resultados obtidos evidenciam esse acontecimento, pois tendo em atenção que o IMC para o qual se considera um individuo com excesso de peso é maior que 25 e menor que 30 kg/m2, verificou-se que 40 % dos inquiridos tinham excesso de peso, sendo que 32 % apresentavam um IMC normal (>18,5<25 kg/m2) e 28 % eram obesos (IMC≥30 kg/m2). Desta forma, pudemos constatar que a amostra apresentada não apresentava de forma genérica um estilo de vida saudável, passando pela alimentação, dando origem por sua vez a problemas com a regulação do apetite.