FCHS (DCPC) - Dissertações de Mestrado
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Browsing FCHS (DCPC) - Dissertações de Mestrado by advisor "Ramos, Cláudia Toriz"
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- A política externa da União Europeia no ÁrticoPublication . Santos, André Diogo Armão Ferreira dos; Ramos, Cláudia TorizÉ através da política externa que os atores das relações internacionais procuram concretizar os seus objetivos além das suas fronteiras. O Ártico é atualmente uma região alvo da política externa de atores das relações internacionais, entre eles Estados,organizações internacionais, multinacionais, entre outros. Sendo um território quase inexplorado, sabe-se que é extremamente rico em recursos naturais e energéticose que,com as alterações climáticas, estes recursos podem ser explorados. Com o derretimento da camada de gelo, o Oceano Ártico torna-se também uma rota de navegação rápida, o que intensificará o comércio internacional. No entanto, não são apenas oportunidades de crescimento económico que surgem do degelo do Ártico, mas também sérios riscos económicos, ambientais e securitários, aos quais a União Europeia não está alheia. Neste sentido, a organização europeia tem vindo a aplicar os seus esforços de política externa para desenvolver uma política que vá ao encontro dos seus objetivos na região, salvaguardando assim a sua segurança e também os seus interesses. Numa análise teórica, este trabalho procura previamente entender o que é a política externa, qual o papel da União Europeianesse âmbitoe quais as motivações para uma política externa europeia para o Ártico. Também se pretende mostrar a crescente importância da região do Ártico, e como este crescimento está fortemente ligado ao fenómeno das alterações climáticas. Sob a análise empírica, procura-se evidenciar a forma como a União Europeia está a desenvolver a sua política orientada para a região, para que no final do trabalho, cruzando a teoria com a parte empírica, fazer uma leitura da política europeia de acordo com as teorias das relações internacionais. Para dar forma ao trabalho, a metodologia utilizada foi a consulta de fontes académicas, a partir de centros de investigação ligados ao Ártico,como o Smithsonian Arctic Studies Center, o International Arctic Research Center eo Arctic Centre da Universidade da Lapónia, além de fontes documentais de diferentes organizações internacionais e documentos oficiais da União Europeia. Pode concluir-se que a União Europeia tem desenvolvido uma estratégia tendencialmente realista, pois procura sobretudo obter a sua segurança em relação às consequências do degelo do Árticoe limitar as oportunidades de crescimento dos restantes atores da região, apesar de o fazer utilizando políticas e estratégias de caráter pluralista.
- A União Europeia e a segurança marítima: as missões EUNAVFOR Atalanta e EUCAP NestorPublication . Pinto, Márcia Estrela Ramoa; Ramos, Cláudia TorizÉ também através do mar que o mundo se liga. Desde há muitos séculos que o Homem utiliza o mar para retirar recursos e para explorar o mundo. Atualmente, a globalização também se faz através do mar, sendo o transporte marítimo responsável por 90% do comércio externo europeu. A União Europeia tem o maior território marítimo do mundo, 23 dos seus 28 Estados são banhados por mar e a economia relacionada com o mar corresponde a 40% do PIB europeu. O espaço marítimo e a sua segurança é, portanto, uma das preocupações da União Europeia, não apenas no território que está sob a sua jurisdição mas também nas regiões de interesse geoestratégico. Numa análise teórica, este trabalho procura esclarecer o conceito de segurança marítima, que tal como o conceito de segurança, não tem uma única definição, dependendo dos interesses e da perspetiva de quem analisa e explora o tema. Também se pretende com este trabalho mostrar a importância da segurança marítima para União Europeia e mostrar o desenvolvimento das políticas europeias de segurança até à criação da Estratégia Europeia de Segurança Marítima, em 2014. Sob uma abordagem empírica e numa perspetiva regional, analisa-se o contexto geográfico e político da região do Corno de África, de forma a entender o surgimento da pirataria na região e os seus impactos económicos, sociais e securitários. Desta forma é possível contextualizar as missões europeias de segurança marítima e avaliar o desempenho europeu neste âmbito. Para dar forma ao trabalho, a metodologia utilizada teve como base a análise de documentos oficiais da União Europeia, artigos académicos, revistas especializadas e bibliografia em geral. Da elaboração desta dissertação pode concluir-se que apesar da morosidade no desenvolvimento das políticas de segurança europeias, a UE é hoje reconhecida como um ator de segurança internacional. A criação da PCSD permitiu-lhe desenvolver missões de diferentes características e com diferentes objetivos, permitindo-lhe ajudar vários países no seu desenvolvimento e crescimento. No caso da região do Corno de África, um contexto geográfico e político delicado, a atuação europeia e internacional tem vindo a surtir efeito, necessitando, porém, de um plano a longo-prazo de forma a conseguir a sustentabilidade do efeito das missões.