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Tese_de_doutoramento_37829 | 6.07 MB | Adobe PDF |
Authors
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Abstract(s)
O stress foi considerado pelas Nações Unidas como a doença do século XX, estando presente em mais de 90% da população mundial, incluindo oficiais da polícia militar. Este grupo de profissionais esteve na linha da frente da pandemia causada pelo Coronavírus e está exposto a situações diárias de elevado stress emocional e a eventos traumáticos de trabalho, que podem causar vários problemas de saúde, nomeadamente stress ocupacional, problemas de sono e obesidade. A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro tem sido considerada uma das forças de segurança mais letais do Brasil, correspondendo a 52,35% das mortes em ações de policiamento. Este estudo visa conduzir uma revisão narrativa associada a uma pesquisa de campo sobre a influência do ambiente psicossocial no desenvolvimento do stress ocupacional e das suas consequências e possíveis correlações para a saúde dos policiais militares, mais especificamente na qualidade do sono, na sonolência diurna excessiva, nas funções mandibulares e na auto-percepção da saúde oral. Plataformas ciêntíficas, dentre elas destacam-se PubMed e Google Scholar, além das plataformas específicas das revistas científicas relevantes na área, foram utilizadas para procurar publicações científicas relevantes sobre o tema. Duzentos e cinquenta e três polícias militares brasileiros do sexo masculino (37,8±5,5 anos), divididos em dois grupos (118 elite e 124 não elite); fizeram parte do nosso estudo, no qual foi aplicado um questionário, que permitiu a recolha dos seguintes dados: sócio-demográfico, stresse ocupacional pelo Inventário de Sintomas de Stress de Lipp (ISSL), sonolência diurna (SD) pela Escala de Sonolência de Epworth, a qualidade do sono (QS) pelo Índice de Qualidade do Sono de Pitsburgh, a deficiência da função mandibular (MFQI) e auto-perceção da saúde oral (OHIP-14). Os policiais militares demonstraram insatisfação relacionada ao apoio psicológico da instituição militar (p =0,004), sobre a ineficiência do sistema judiciário (p <0,001) e sua baixa popularidade perante a sociedade (p=0,009). Além disso, ainda foram diagnosticados com má qualidade de sono (p=0,023), com aproximadamente 1/3 desta população apresentando sintomas de stress ocupacional (34,6%). A auto-perceção da saúde oral pôde ser diretamente correlacionada com o stress ocupacional (p<0,05) e os indivíduos com sono de pior qualidade apresentaram valores mais elevados de incapacidade mandibular funcional (p=0,022). Estima-se que 25% a 35% do peso global da doença possam ser devido à fatores ambientais. A prevalência do stress nos agentes da polícia militar é superior à média da população civil a nível mundial; provavelmente devido a uma rotina e escalas de trabalho que nem sempre respeitam as características circadianas de cada indivíduo com influência direta na qualidade do sono e incidência de obesidade. Foi possível identificar que o stresse pode ser detectado, desenvolvido e intensificado em policiais militares em decorrência do ambiente em que estão expostos e isso interfere significativamente no sono e na sonolência diurna (p<0,05). De um modo geral, a saúde oral e a função mandibular não afetaram negativamente estes militares, que puderam realizar normalmente as suas atividades profissionais e sociais. Através deste estudo espera-se que medidas possam ser tomadas para melhorar o ambiente de trabalho e consequentemente a qualidade de vida desta população militar e que sirva de estímulo para estudos mais abrangentes e longitudinais, principalmente incluindo o sexo feminino.
Stress has been named by the United Nations as the disease of the 20th century and is present in more than 90% of the world's population, including military police officers. This group of professionals has been at the forefront of the Coronavirus pandemic and is exposed to daily situations of high emotional stress and traumatic work events, which can cause various health problems, including occupational stress, sleep problems and obesity. The Military Police of the State of Rio de Janeiro have been considered one of the most lethal security forces in Brazil, accounting for 52.35% of deaths in policing actions. This study aims to conduct a narrative review associated with field research into the influence of the psychosocial environment on the development of occupational stress and its consequences and possible correlations for the health of military police officers, more specifically on sleep quality, excessive daytime sleepiness, jaw function and self-perception of oral health. Scientific platforms, including PubMed and Google Scholar, as well as, specific scientific journals in the area, were used to search for relevant scientific publications on the subject. Two hundred and fifty-three Brazilian male military police officers (37.8±5.5 years old), divided into two groups (118 elite and 124 non-elite); were part of our study, in which a questionnaire was applied, which allowed the following data to be collected: socio-demographic, occupational stress by the Lipp Stress Symptom Inventory (ISSL), daytime sleepiness (DS) by the Epworth Sleepiness Scale, sleep quality (SQ) by the Pitsburgh Sleep Quality Index, mandibular function impairment (MFQI) and self-perception of oral health (OHIP-14). The military police showed dissatisfaction with the psychological support provided by the military institution (p=0.004), the inefficiency of the justice system (p<0.001) and their low popularity in society (p =0.009). In addition, they were also diagnosed with poor sleep quality (p=0.023), with approximately 1/3 of this population showing symptoms of occupational stress (34.6%). Self-perception of oral health could be directly correlated with occupational stress (p<0.05) and individuals with poor sleep quality had higher values of functional mandibular disability (p=0.022). It is estimated that 25% to 35% of the global burden of disease may be due to environmental factors. The prevalence of stress in military police officers is higher than the average for the civilian population worldwide; probably due to a routine and work schedules that do not always respect the circadian characteristics of each individual, with a direct influence on sleep quality and the incidence of obesity. It was possible to identify that stress can be detected, developed and intensified in military police officers as a result of the environment they are exposed to, and that this significantly interferes with sleep and daytime sleepiness (p<0.05). In general, oral health and jaw function did not negatively affect these soldiers, who were able to carry out their professional and social activities normally. It is hoped that this study will enable measures to be taken to improve the working environment and, consequently, the quality of life of this military population, and that it will serve as a stimulus for more comprehensive and longitudinal studies, especially including women.
El estrés ha sido reconocido por las Naciones Unidas como la enfermedad del siglo XX y está presente en más del 90% de la población mundial, incluidos los policías militares. Este grupo de profesionales ha estado en la vanguardia de la pandemia del Coronavirus y está expuesto diariamente a situaciones de alto estrés emocional y eventos laborales traumáticos, que pueden causar diversos problemas de salud, incluyendo estrés laboral, problemas de sueño y obesidad. La Policía Militar del Estado de Río de Janeiro ha sido considerada una de las fuerzas de seguridad más letales de Brasil, siendo responsable del 52,35% de las muertes en acciones policiales. Este estudio tiene como objetivo realizar una revisión narrativa asociada a la investigación de campo sobre la influencia del entorno psicosocial en el desarrollo del estrés laboral y sus consecuencias y posibles correlaciones para la salud de los policías militares, más específicamente sobre la calidad del sueño, la somnolencia diurna excesiva, la función mandibular y la autopercepción de la salud bucal. Se utilizaron plataformas científicas, incluidas PubMed y Google Scholar, además de las plataformas específicas de revistas científicas relevantes en el área, fueron utilizadas para la búsqueda de publicaciones científicas relevantes sobre el tema. Doscientos cincuenta y tres policías militares masculinos brasileños (37,8±5,5 años), divididos en dos grupos (118 de élite y 124 no de élite); formaron parte de nuestro estudio, en el que se aplicó un cuestionario que permitió recoger los siguientes datos sociodemográficos, estrés laboral mediante el Inventario de Síntomas de Estrés de Lipp (ISSL), somnolencia diurna (DS) mediante la Escala de Somnolencia de Epworth, calidad del sueño (SQ) mediante el Índice de Calidad del Sueño de Pitsburgh, deterioro de la función mandibular (MFQI) y autopercepción de la salud bucodental (OHIP-14). Los policías militares mostraron insatisfacción con el apoyo psicológico proporcionado por la institución militar (p=0,004), la ineficacia del sistema judicial (p<0,001) y su baja popularidad en la sociedad (p=0,009). Además, también se les diagnosticó una mala calidad del sueño (p=0,023), y aproximadamente 1/3 de esta población presentaba síntomas de estrés laboral (34,6%). La autopercepción de la salud oral podía correlacionarse directamente con el estrés laboral (p<0,05) y los individuos con mala calidad del sueño presentaban valores más elevados de discapacidad funcional mandibular (p=0,022). Se calcula que entre el 25% y el 35% de la carga mundial de morbilidad puede deberse a factores ambientales. La prevalencia del estrés en los policías militares es superior a la media de la población civil mundial; probablemente debido a una rutina y unos horarios de trabajo que no siempre respetan las características circadianas de cada individuo, con una influencia directa en la calidad del sueño y en la incidencia de la obesidad. Fue posible identificar que el estrés puede ser detectado, desarrollado e intensificado en los policías militares como resultado del ambiente en que están expuestos y esto interfiere significativamente en el sueño y en la somnolencia diurna (p <0,05). En general, la salud bucodental y la función mandibular no afectaron negativamente a estos soldados, que pudieron llevar a cabo sus actividades profesionales y sociales con normalidad. Mediante este estudio, se espera que se puedan tomar medidas para mejorar el entorno laboral y, en consecuencia, la calidad de vida de esta población militar, y que sirva de estímulo para realizar estudios más exhaustivos y longitudinales, que incluyan especialmente a las mujeres.
Stress has been named by the United Nations as the disease of the 20th century and is present in more than 90% of the world's population, including military police officers. This group of professionals has been at the forefront of the Coronavirus pandemic and is exposed to daily situations of high emotional stress and traumatic work events, which can cause various health problems, including occupational stress, sleep problems and obesity. The Military Police of the State of Rio de Janeiro have been considered one of the most lethal security forces in Brazil, accounting for 52.35% of deaths in policing actions. This study aims to conduct a narrative review associated with field research into the influence of the psychosocial environment on the development of occupational stress and its consequences and possible correlations for the health of military police officers, more specifically on sleep quality, excessive daytime sleepiness, jaw function and self-perception of oral health. Scientific platforms, including PubMed and Google Scholar, as well as, specific scientific journals in the area, were used to search for relevant scientific publications on the subject. Two hundred and fifty-three Brazilian male military police officers (37.8±5.5 years old), divided into two groups (118 elite and 124 non-elite); were part of our study, in which a questionnaire was applied, which allowed the following data to be collected: socio-demographic, occupational stress by the Lipp Stress Symptom Inventory (ISSL), daytime sleepiness (DS) by the Epworth Sleepiness Scale, sleep quality (SQ) by the Pitsburgh Sleep Quality Index, mandibular function impairment (MFQI) and self-perception of oral health (OHIP-14). The military police showed dissatisfaction with the psychological support provided by the military institution (p=0.004), the inefficiency of the justice system (p<0.001) and their low popularity in society (p =0.009). In addition, they were also diagnosed with poor sleep quality (p=0.023), with approximately 1/3 of this population showing symptoms of occupational stress (34.6%). Self-perception of oral health could be directly correlated with occupational stress (p<0.05) and individuals with poor sleep quality had higher values of functional mandibular disability (p=0.022). It is estimated that 25% to 35% of the global burden of disease may be due to environmental factors. The prevalence of stress in military police officers is higher than the average for the civilian population worldwide; probably due to a routine and work schedules that do not always respect the circadian characteristics of each individual, with a direct influence on sleep quality and the incidence of obesity. It was possible to identify that stress can be detected, developed and intensified in military police officers as a result of the environment they are exposed to, and that this significantly interferes with sleep and daytime sleepiness (p<0.05). In general, oral health and jaw function did not negatively affect these soldiers, who were able to carry out their professional and social activities normally. It is hoped that this study will enable measures to be taken to improve the working environment and, consequently, the quality of life of this military population, and that it will serve as a stimulus for more comprehensive and longitudinal studies, especially including women.
El estrés ha sido reconocido por las Naciones Unidas como la enfermedad del siglo XX y está presente en más del 90% de la población mundial, incluidos los policías militares. Este grupo de profesionales ha estado en la vanguardia de la pandemia del Coronavirus y está expuesto diariamente a situaciones de alto estrés emocional y eventos laborales traumáticos, que pueden causar diversos problemas de salud, incluyendo estrés laboral, problemas de sueño y obesidad. La Policía Militar del Estado de Río de Janeiro ha sido considerada una de las fuerzas de seguridad más letales de Brasil, siendo responsable del 52,35% de las muertes en acciones policiales. Este estudio tiene como objetivo realizar una revisión narrativa asociada a la investigación de campo sobre la influencia del entorno psicosocial en el desarrollo del estrés laboral y sus consecuencias y posibles correlaciones para la salud de los policías militares, más específicamente sobre la calidad del sueño, la somnolencia diurna excesiva, la función mandibular y la autopercepción de la salud bucal. Se utilizaron plataformas científicas, incluidas PubMed y Google Scholar, además de las plataformas específicas de revistas científicas relevantes en el área, fueron utilizadas para la búsqueda de publicaciones científicas relevantes sobre el tema. Doscientos cincuenta y tres policías militares masculinos brasileños (37,8±5,5 años), divididos en dos grupos (118 de élite y 124 no de élite); formaron parte de nuestro estudio, en el que se aplicó un cuestionario que permitió recoger los siguientes datos sociodemográficos, estrés laboral mediante el Inventario de Síntomas de Estrés de Lipp (ISSL), somnolencia diurna (DS) mediante la Escala de Somnolencia de Epworth, calidad del sueño (SQ) mediante el Índice de Calidad del Sueño de Pitsburgh, deterioro de la función mandibular (MFQI) y autopercepción de la salud bucodental (OHIP-14). Los policías militares mostraron insatisfacción con el apoyo psicológico proporcionado por la institución militar (p=0,004), la ineficacia del sistema judicial (p<0,001) y su baja popularidad en la sociedad (p=0,009). Además, también se les diagnosticó una mala calidad del sueño (p=0,023), y aproximadamente 1/3 de esta población presentaba síntomas de estrés laboral (34,6%). La autopercepción de la salud oral podía correlacionarse directamente con el estrés laboral (p<0,05) y los individuos con mala calidad del sueño presentaban valores más elevados de discapacidad funcional mandibular (p=0,022). Se calcula que entre el 25% y el 35% de la carga mundial de morbilidad puede deberse a factores ambientales. La prevalencia del estrés en los policías militares es superior a la media de la población civil mundial; probablemente debido a una rutina y unos horarios de trabajo que no siempre respetan las características circadianas de cada individuo, con una influencia directa en la calidad del sueño y en la incidencia de la obesidad. Fue posible identificar que el estrés puede ser detectado, desarrollado e intensificado en los policías militares como resultado del ambiente en que están expuestos y esto interfiere significativamente en el sueño y en la somnolencia diurna (p <0,05). En general, la salud bucodental y la función mandibular no afectaron negativamente a estos soldados, que pudieron llevar a cabo sus actividades profesionales y sociales con normalidad. Mediante este estudio, se espera que se puedan tomar medidas para mejorar el entorno laboral y, en consecuencia, la calidad de vida de esta población militar, y que sirva de estímulo para realizar estudios más exhaustivos y longitudinales, que incluyan especialmente a las mujeres.
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Keywords
Stress ocupacional Ritmo circadiano Sono Obesidade Polícia Sonolência diurna Privação do sono Saúde oral Limitação mandibular Occupational stress Circadian rhythm Sleep Obesity Police Daytime sleepiness Sleep deprivation Oral health Jaw impairment Estrés laboral Ritmo circadiano Sueño Obesidad Policía Somnolencia diurna Privación del sueño Salud bucodental Limitación mandibular