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Abstract(s)
Révoltes, crises, rébellions, insurrections, révolutions, quel que soit le nom que
l’on donne aux bouleversements qui sont apparus depuis deux ans autour de la Méditerranée,
ces mouvements ont donné naissance dans le monde occidental à un espoir
de “printemps arabe”, avec référence plus ou moins implicite au Printemps des peuples
de 1848 et au renouveau qu’a connu l’Europe centrale dans la suite des événement de
1989 (la chute du mur de Berlin étant le moment le plus spectaculaire de ce processus).
Mais, après le printemps, les opinions publiques du nord comme du sud de la Méditerranée
voient actuellement un automne de désillusions, sans même être passé par
l’été. Comment faire renaître l’optimisme dans ces conditions? notre hypothèse est que
le vocabulaire qui sous-tend notre interprétation du monde constitue un blocage à la
communication entre les différents acteurs du jeu stratégique et de pouvoir et que cette
absence de langage commun, ou de référentiel commun, est le ferment de l’incompréhension
et du pessimisme qui peut en découler. nous nous fonderons sur plusieurs faits
qui nous paraissent former des verrous sémantiques à tirer pour parvenir à une situation
de communication garante de la possibilité d’échapper à la malédiction de chocs dialectiques
supposés être les moteurs de l’histoire dans la lignée de hegel.
The revolts, crises, mobs, rebellions, insurrections, revolutions, whatever we call the changes that have happened during the last two years around the Mediterranean have arisen in western world the hope for a “spring” of democracy, with more or less explicit reference to the renewal of Eastern Europe in 1989. After the hopes of spring, most public opinions in northern as well as southern Mediterranean foresee now an autumn of expectancies, if not a winter in certain cases. nobody has meanwhile talked of a summer. what should reasonably be our mind frame for the purpose of better knowledge and understanding of our common world, the Mediterranean? we organize our reasoning around a few selected issues, which could not be the most salient in the media, but are meaningful when put together in a non-partisan or non-politically correct perspective. The conclusion is that all those prominent issues (and some others like women, education, ecology, etc.) are the bases for discussion across the Mediterranean. Our hypothesis is that, in our century, the course of history may not be the dialectic clash set forth by hegel. On the contrary globalization and communication may also stand for a new optimism.
Revoltas, crises, rebeliões, insurreições, qualquer que seja o nome que se dê às mudanças que apareceram de dez anos para cá em torno do Mediterrâneo, esses movimentos fizeram nascer no mundo ocidental uma esperança de “primavera árabe”, numa referência mais ou menos implícita à Primavera dos povos em 1848 e à renovação que a Europa Central conheceu com a sequência dos fatos de 1989 (a queda do muro de Berlim sendo o momento mais espetaculas desse processo). Mas, após a primavera, as opiniões públicas tanto do norte como do sul do Mediterrâneo veem atualmente um outono de desilusões, sem mesmo terem passado pelo verão. Como fazer renascer o otimismo nessas condições? Nossa hipótese é que o vocabulário que sustenta nossa interpretação do mundo constitui um bloqueio para a comunicação entre os diferentes atores do jogo estratégico e de poder e que esta ausência de linguagem comum, ou de referencial comum, é o fermento da incompreensão e do pessimismo que daí pode resultar. nós nos fundamentaremos em vários fatos que nos parecem formar bloqueios semânticos que devem ser eliminados para alcançar uma comunicação que garanta a oportunidade de escapar da maldição de choques dialéticos que são supostos de ser os motores da história na linha de hegel.
The revolts, crises, mobs, rebellions, insurrections, revolutions, whatever we call the changes that have happened during the last two years around the Mediterranean have arisen in western world the hope for a “spring” of democracy, with more or less explicit reference to the renewal of Eastern Europe in 1989. After the hopes of spring, most public opinions in northern as well as southern Mediterranean foresee now an autumn of expectancies, if not a winter in certain cases. nobody has meanwhile talked of a summer. what should reasonably be our mind frame for the purpose of better knowledge and understanding of our common world, the Mediterranean? we organize our reasoning around a few selected issues, which could not be the most salient in the media, but are meaningful when put together in a non-partisan or non-politically correct perspective. The conclusion is that all those prominent issues (and some others like women, education, ecology, etc.) are the bases for discussion across the Mediterranean. Our hypothesis is that, in our century, the course of history may not be the dialectic clash set forth by hegel. On the contrary globalization and communication may also stand for a new optimism.
Revoltas, crises, rebeliões, insurreições, qualquer que seja o nome que se dê às mudanças que apareceram de dez anos para cá em torno do Mediterrâneo, esses movimentos fizeram nascer no mundo ocidental uma esperança de “primavera árabe”, numa referência mais ou menos implícita à Primavera dos povos em 1848 e à renovação que a Europa Central conheceu com a sequência dos fatos de 1989 (a queda do muro de Berlim sendo o momento mais espetaculas desse processo). Mas, após a primavera, as opiniões públicas tanto do norte como do sul do Mediterrâneo veem atualmente um outono de desilusões, sem mesmo terem passado pelo verão. Como fazer renascer o otimismo nessas condições? Nossa hipótese é que o vocabulário que sustenta nossa interpretação do mundo constitui um bloqueio para a comunicação entre os diferentes atores do jogo estratégico e de poder e que esta ausência de linguagem comum, ou de referencial comum, é o fermento da incompreensão e do pessimismo que daí pode resultar. nós nos fundamentaremos em vários fatos que nos parecem formar bloqueios semânticos que devem ser eliminados para alcançar uma comunicação que garanta a oportunidade de escapar da maldição de choques dialéticos que são supostos de ser os motores da história na linha de hegel.
Description
Keywords
Réveil arabe Europe États-Unis Intelligence territoriale Arab awakening Europ United states United states Despertar árabe Europa Estados Unidos Inteligência Territorial
Citation
MULTIMED – Revue du Réseau Transméditerranéen de Recherche en Communication. Porto. ISSN 2182-6552. 3 (2015) 143-153.
Publisher
Edições Universidade Fernando Pessoa