Unidade de Ponte de Lima
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Browsing Unidade de Ponte de Lima by Subject "Adulto-jovem"
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- Relação entre a atividade física, a obesidade e a pressão arterial na população jovem adulta residente em SandiãesPublication . Ralha, Catarina Carvalho; Pontes, ManuelaSegundo a Direção Geral de Saúde (DGS), as doenças cardiovasculares continuam a ser, em Portugal, a principal causa de morte e, responsáveis por 32% do total dos óbitos (DGS, 2013). As doenças cardiovasculares são responsáveis por cerca de 17 milhões de mortes por ano em todo o mundo, o que representa aproximadamente um terço do número total de óbitos. Cerca de 9,4 milhões dessas mortes resultam de complicações por hipertensão, sendo a hipertensão responsável por pelo menos 45% das mortes por doença cardíaca e 51% das mortes por acidente vascular cerebral (Uva, Victorino, Roquette, Machado, & Dias, 2014). Em 2014, o acidente vascular cerebral representou cerca de 20.000 episódios ocorridos e 250.000 mil dias de internamento (DGS, 2016). Segundo o estudo português "The PAP study", 21% da população em Portugal tem excesso de peso e 16% são obesos, 20% são fumadores e 42% têm hipertensão arterial. Em 2010, e segundo os dados publicados no relatório anual do Observatório Nacional de Diabetes, nas pessoas com diabetes mellitus tipo 2, 76% dos doentes têm prescrição de fármacos antihipertensores e 56% de fármacos antidislipidémicos (DGS, 2013). Por outro lado, as oportunidades para se ser fisicamente ativo tendem a diminuir (Observatório Nacional da Actividade Física e do Desporto, 2011) e segundo a WHO devido ao aumento aumento da criminalidade e o vandalismo dos espaços exteriores, a má qualidade e contaminação do ar, e a falta de parques e instalações desportivas e recreativas (WHO, 2010). Devido também às grandes invenções dos últimos tempos, tem-se verificado uma diminuição assinalável na quantidade de esforço físico necessário às tarefas diárias, para as pessoas se deslocarem de um ponto a outro, e até mesmo para chegarem junto das atividades de lazer. De acordo com os dados disponíveis, entre 40% e 60% da população da União Europeia tem um estilo de vida sedentário (Orientações da União Europeia para a Actividade Física, 2009). A obesidade é um importante problema de saúde pública e uma doença crónica, com génese multifatorial (sendo os principais fatores a alimentação desequilibrada e a inatividade física), que requer esforços continuados para ser controlada, constituindo uma ameaça para a saúde e um importante fator de risco para o desenvolvimento e agravamento de outras doenças, tais como a diabetes mellitus e a hipertensão arterial. Na população portuguesa adulta, diversos estudos indicam uma prevalência do excesso de peso e da obesidade na ordem dos 40% (DGS, 2016). Os resultados mostram uma grande preocupação com estes fenómenos e são também as principais razões que motivam para o presente trabalho de investigação e que tem como tema: "Relação entre a atividade física, a obesidade e a pressão arterial na população jovem adulta residente em Sandiães”, cujo objetivo geral é “Conhecer a relação entre a atividade física, a obesidade e a pressão arterial na população jovem adulta residente em Sandiães". Para cumprir na globalidade este objetivo definiram-se os seguintes objetivos específicos: "Avaliar a relação entre os níveis de atividade física e os valores da pressão arterial" e "Avaliar a relação entre os níveis de atividade física e o índice de massa corporal". Para isso, participaram 34 indivíduos, 9 homens e 25 mulheres, residentes na freguesia de Sandiães, concelho de Ponte de Lima, que constituem a amostra deste estudo. Foi aplicado um questionário para recolha de dados referentes às variáveis que caraterizam a amostra e às variáveis em estudo. Estes dados foram tratados e analisados através de um programa da Microsoft Office®, nomeadamente, o Microsoft Office Excel 2007®, e apresentados sob a forma de gráficos. Este é um estudo quantitativo, descritivo-exploratório, sendo que o processo de amostragem foi não-probabilístico acidental. Após a análise e discusão dos dados obtidos, verificou-se que à medida que os níveis de atividade física iam aumentando, havia uma diminuição do número de indivíduos, existindo assim um maior número de pessoas que praticam atividade física de baixa intensidade. Em relação aos valores da pressão arterial, os indivíduos apresentavam valores considerados ótimos e normais segundo a Direção Geral de Saúde (DGS, 2013), pelo que não foi possível chegar a uma associação concreta, sendo necessário um alargamento do número da amostra, que não foi possível, pela limitação do tempo disponível para a concretização deste trabalho. De igual modo ao acima referido, verifica-se que não foi possível encontar uma associação entre os níveis de atividade física e o índice de massa corporal pelas mesmas razões acima supracitadas.