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- Papel das ceramidas na fisiopatologia da pelePublication . Sousa, Sara Miriam Cruz; Ribeiro, Maria GilOs esfingolípidos representam uma classe estruturalmente heterogénea de moléculas lípidicas tipicamente observada nas membranas de células eucarióticas. Para além da sua função estrutural nas biomembranas, os esfingolípidos participam numa complexa rede de reações que abrangem várias vias metabólicas (anabólica, catabólica, reciclagem e ciclo da esfingomielina) e desempenham funções de regulação em eventos celulares muito diversos, tais como a proliferação, inflamação ou apoptose celular. Deste ponto de vista, a ceramida ocupa uma posição central no metabolismo dos esfingolípidos e é uma molécula lípidica funcionalmente multifacetada. Estas características justificam a associação da ceramida com a patogénese de doenças clinicamente distintas, designadamente as doenças crónicas da pele. Estas doenças são, geralmente, caracterizadas por uma inter-relação complexa entre vários fatores etiopatogénicos, incluindo alterações em etapas específicas do metabolismo da ceramida. Por isso, estratégias terapêuticas de reposição do nível de equilíbrio da ceramida e/ou metabolitos relacionados têm suscitado um grande interesse e revelado resultados promissores. Contudo, a diversidade estrutural das ceramidas, bem como dos seus derivados metabólicos, colocam muitos desafios e oportunidades que deverão continuar a ser investigados, no futuro. O presente trabalho de revisão analisa, assim, a estrutura, a função e o metabolismo dos esfingolípidos, bem como a sua relação com a fisiopatologia da pele e com estratégias terapêuticas representativas de potenciais tratamentos de primeira linha das doenças crónicas da pele.
- Distúrbios na secreção das hormonas pancreáticasPublication . Azevedo, Andreia Cristina Moreira; Leal, Fernanda; Cardoso, Inês LopesO pâncreas é um órgão constituído por duas partes, a parte exócrina e a parte endócrina. A porção exócrina é responsável pela secreção de sucos que vão auxiliar na digestão dos alimentos. A porção endócrina é responsável pela formação e secreção de hormonas que regulam a glicemia do organismo. As hormonas segregadas pelo pâncreas são a insulina, glucagon, somatostatina, polipéptido pancreático e amilina. Cada uma das hormonas mencionadas tem a sua função no controlo da glicemia. Caso haja uma desregulação na formação e/ou secreção de uma destas hormonas podem surgir patologias como diabetes mellitus, insulinoma, glucagonoma, adenocarcinoma do pâncreas e pancreatite . A diabetes mellitus afeta cerca de 14% da população portuguesa. Esta patologia é um distúrbio crónico caracterizado por elevadas concentrações de glucose no sangue devido a falha na produção/secreção de insulina ou dessensibilização das células à insulina. Não existe cura para diabetes mellitus, mas existem fármacos como a insulina e outros antidiabéticos não insulínicos orais que permitem manter o equilíbrio da glicemia, atrasando a evolução da doença. O insulinoma é um tumor das células β do pâncreas que provoca o aparecimento de hipoglicemia resultante da hipersecreção de insulina. O tratamento deste tipo de distúrbio consiste na remoção do tumor. O glucagonoma resulta de hipersecreção de glucagon devido à estimulação das células α. Caso o tumor seja pequeno e localizado, opta-se pela sua remoção. Existem fármacos, como o octreotido, que permitem controlar e minimizar os efeitos causados pelo glucagonoma. O adenocarcinoma do pâncreas é um dos tumores com maior taxa de mortalidade, por ser quase sempre detetado numa fase tardia, em que o tratamento visa apenas dar mais alguns meses de vida ao doente. A pancreatite caracteriza-se por uma inflamação do pâncreas tendo como sintomas dores intensas na zona abdominal. Neste caso o tratamento indicado é a administração de analgésicos para diminuir a dor. Este distúrbio pode ser agudo (dura um curto período de tempo) ou crónico (pode durar anos).