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- A vitamina D e o seu papel na prevenção de doençasPublication . Sousa, Sofia Marques de; Pina, CristinaA vitamina D, também conhecida como a “vitamina do Sol” é única entre as restantes vitaminas, isto porque, pode ser sintetizada através da pele e/ou ingerida através da alimentação e suplementação. Atualmente, cerca de um bilhão de pessoas apresentam deficiência de vitamina D, e muitos são os fatores que contribuem para este quadro: a falta de exposição solar, o uso de protetores solares, o número limitado de alimentos ricos em vitamina D são alguns dos exemplos avaliados. Desde há muito que a vitamina D é conhecida pelo seu contributo no desenvolvimento e manutenção do tecido ósseo e metabolismo normal do cálcio e do fósforo. Atualmente um quadro clínico que apresente insuficiência/deficiência em vitamina D é mais abrangente. Estudos mais recentes têm comprovado a sua participação em diversas doenças pelo fato do recetor de vitamina D (RVD) ter sido encontrado em inúmeras células do organismo humano, inclusive em células do sistema imunológico, assim como a frequência do gene CYP27B1 em diversos tipos celulares, comprovando que a vitamina D biologicamente ativa ([1,25(OH)2D]) está correlacionada a uma extensa série de funções no organismo. Várias doenças autoimunes têm sido referidas como consequência da deficiência em vitamina D, como por exemplo, esclerose múltipla (EM), lúpus eritematoso sistémico (LES), doença inflamatória intestinal (DII), entre outras. A deficiência desta vitamina tem estado associada a numerosas outras doenças, incluindo vários tipos de cancro, osteoporose, doenças cardiovasculares. Este trabalho tem como objetivo uma revisão bibliográfica atual sobre a vitamina D e o papel que desempenha na prevenção de doenças tais como, a Diabetes mellitus do tipo 1, o lúpus eritematoso sistémico, a artrite reumatóide e o cancro. Podemos concluir que relativamente aos níveis séricos de vitamina D e a sua possível função na prevenção de determinadas doenças, encontram-se muitas discordâncias entre vários autores. Alguns estudos afirmam que níveis séricos de vitamina D dentro dos valores considerados normais, a maioria dos autores considera que este valor está compreendido entre os 30 e os 100ng/mL, são benéficos na prevenção e tratamento de diversas patologias, contrariamente a outros que não encontraram evidências que suportem essa conclusão. Contudo, todos os autores partilham de uma opinião, caso o papel preventivo da vitamina D seja confirmado os valores séricos desta vitamina tem de ser atualizados. Neste contexto, sugerem-se mais estudos e que estes abranjam um maior número de indivíduos de etnias diferentes, com localizações geográficas divergentes, tendo em conta as suas dietas alimentares, assim como o conhecimento do seu património genético.
- Porque é que as bactérias se suicidamPublication . Mota, André Daniel Pereira de Magalhães; Castro, AnabelaManter a homeostasia celular não é um processo fácil, contudo, existe um programa genético que se ocupa desta tarefa, a designada morte celular programada (PCD do inglês Programmed Cell Death). A PCD é associada frequentemente á apoptose, no entanto, outras vias foram já descritas tais como a necroptose, a entose, a autofagia e a piroptose (Cabon et al., 2013). Os seres multicelulares não são os únicos a realizar este processo, a PCD tem importantes funções nas bactérias, nomeadamente, facilitar a troca de material genético, eliminar as mutações de uma população, reduzir o consumo de nutrientes quando existem poucos recursos e reduzir o risco de infeção viral. É cada vez mais evidente que as bactérias vivem em comunidades complexas e que de certa forma se assemelham a um organismo multicelular (Koksharova, 2013). As bactérias respondem a estímulos na população e são capazes de alterar o padrão da expressão dos seus genes, por um fenómeno chamado de quorum sensing (QS), que traduz-se na libertação e deteção de pequenas moléculas que permitem a comunicação entre os microrganismos inferindo alterações a nível genético, a nível das infeções e a nível da morte celular programada (Popat et al., 2015). Atendendo a estes fundamentos, entender esta comunicação entre bactérias e a sua relação com o hospedeiro, a nível celular e molecular é essencial para identificar novos alvos e desenvolver novas estratégias para o combate às infeções bacterianas no futuro (Holm e Vikström, 2014). O objetivo do presente trabalho consiste na revisão bibliográfica acerca dos estudos realizados sobre o motivo pelo qual ocorre o suicídio bacteriano. Para atingir esta meta realizar-se-á uma pesquisa bibliográfica em motores de busca e bases de dados da especialidade.
- Helicobacter pylori e o cancro gástricoPublication . Martins, Daniela Maria Rocha; Costa, Céu; Soares, SandraMetade da população mundial encontra-se infectada por Helicobacter pylori. Apesar da sua elevada prevalência, apenas 3% dos casos de infecção desenvolvem carcinoma gástrico. Devido à sua gravidade, torna-se imperativo o estudo aprofundado dos mecanismos bacterianos que desencadeiam esta patologia. Tanto as suas características morfológicas como bacteriológicas dotam este microorganismo de uma capacidade ímpar de se evadir aos componentes do sistema imunológico do hospedeiro, ao mesmo tempo que apresenta uma forte virulência e uma capacidade de ataque às células do hospedeiro, induzindo as lesões epiteliares e a inflamação constante dos tecidos que originam o processo de carcinogénese. Os principais factores de virulência da H. pylori incluem as citotoxinas CagA e VacA, responsáveis pelas alterações celulares mais severas e, sem as quais, esta bactéria não possuiria potencial carcinogénico. O processo de carcinogénese inicia-se com a gastrite superficial, passando pela inflamação crónica, gastrite atrófica, metaplasia intestinal, displasia e, por fim, carcinoma. Aquando da suspeita de carcinoma gástrico, deve ser efectuado o diagnóstico da infecção por H. pylori e, uma vez confirmada a presença da bactéria, esta deve ser erradicada antes de se proceder a qualquer tratamento para o carcinoma. Visto tratar-se de uma bactéria altamente prevalente, a terapia de erradicação varia consoante a resistência bacteriana a determinados antibióticos, sendo a terapia tripla a terapia de primeira linha.
- Avaliação do impacto do modelo biográfico em educação sexual na erotofília/erotofobia e no duplo padrão sexualPublication . Mendes, Paulo José Maio Sousa; Cunha, PedroO impacto do modelo biográfico em educação sexual no constructo da erotofília/erotofobia e do duplo padrão sexual é avaliado, a partir das hipóteses de que este modelo contribui para a promoção da erotofília e atenuação do duplo padrão sexual. Os resultados não permitiram confirmar qualquer uma das hipóteses. Os indivíduos avaliados, independentemente da sua experiência no modelo biográfico, são mais erotofóbicos do que erotofílicos, e o duplo padrão sexual, de acordo com as pontuações médias e os resultados da análise de discurso, só se faz sentir com maior expressividade e significado na perceção social do duplo padrão sexual referente à liberdade sexual dos homens, com ou sem experiência no modelo biográfico, e das mulheres com experiência no modelo biográfico. Em todas as outras dimensões avaliadas do duplo padrão sexual predominou o padrão singular e o padrão sexual invertido (liberdade sexual relativa ao número de parceiros e expressões e vocábulos utilizados para caracterizar homens e mulheres com múltiplos parceiros).
- O Abuso Sexual de Crianças e a Criança no Papel de Testemunha: Crenças e Mitos inerentes à Perceção dos Profissionais de Saúde MentalPublication . Sousa, Oriana Sofia Pereira Leandro de; Sani, Ana Isabel; Soeiro, CristinaO presente estudo pretende explorar a perceção dos profissionais de saúde mental acerca do crime de abuso sexual de crianças e as competências da criança no papel de testemunha, centrando-se para tal, na identificação das crenças e mitos existentes entre os participantes, no âmbito dessa problemática. Esta investigação pretende assim alargar o conhecimento relativamente a esta temática, enfatizando o facto de que qualquer profissional pode ratificar mitos de abuso sexual e que isso pode interferir nas suas atitudes perante a atribuição de credibilidade à criança. Os dados foram obtidos através da técnica da entrevista, como recurso a uma entrevista semi-estruturada e um questionário sócio-demográfico. Foram analisadas 11 entrevistas de uma amostra constituída por 9 psicólogos, 1 psiquiatria e 1 pedopsiquiatria, sendo 8 participantes dos sexo feminino e 3 do sexo masculino. Da análise realizada observou-se que os participantes detêm crenças adequadas quanto à situação abusiva; aos motivos para a criança não revelar a situação abusiva ou revelar apenas tardiamente; e quais os fatores que estão implicados/ afetam as competências da criança, enquanto testemunha credível. Por sua vez, os mitos observados surgiram relativamente ao agressor, acreditando que os abusadores apresentam caraterísticas distintas das outras pessoas e/ou doença mental e que abusam de crianças e/ou adolescentes motivados por um gosto padrão; relativamente às vítimas, acreditando que os rapazes adolescentes podem defender-se do abuso e que os adolescentes são abusados por terem caraterísticas semelhantes aos adultos; e sobre as caraterísticas do testemunho realizado pela criança, acreditando que as crianças não mentem sobre situações de abuso sexual e que não podem recordar/reportar de forma fidedigna eventos que aconteceram há muito tempo.