Browsing by Author "Sousa, Ana Catarina Guedes de"
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- A relação entre a capacidade para amar e a psicopatologia numa população jovem e adulta portuguesaPublication . Sousa, Ana Catarina Guedes de; Fonte, CarlaA literatura constata que o amor é um dos fenómenos humanos mais fundamentais e tem vindo a ser objecto de reflexão por parte de filósofos, poetas e figuras religiosas ao longo de décadas, bem como de psicólogos e investigadores sociais (Kapusta et al., 2018; Andrade et al., 2013). A capacidade individual para amar tem vindo a ser relacionada com diversos parâmetros da saúde mental. Contudo, não foram conduzidas examinações empíricas até ao momento (Kapusta et al., 2018). Tendo em consideração a frequência com que as dificuldades nas relações amorosas estão associadas a queixas clínicas, seria útil a obtenção de uma compreensão empírica não do amor em si mesmo mas sim da capacidade individual para amar (Kapusta et al., 2018). Neste sentido, o presente estudo tem como objectivo geral analisar a relação entre a capacidade para amar e a psicopatologia (depressão, ansiedade e stress) numa amostra nacional constituída por jovens adultos e adultos com idades compreendidas entre os 17 e os 67 anos. A recolha de dados foi efectuada com recurso a um questionário sociodemográfico, à Escala do Inventário da Capacidade para Amar (ICA-I) e à Escala da Ansiedade, Depressão e Stress (EADS-21). Os resultados sugerem que os participantes deste estudo apresentam elevados níveis de capacidade para amar e baixos níveis de psicopatologia, sendo que quando os níveis de capacidade para amar aumentam, os níveis de psicopatologia diminuem e vice-versa. Evidenciou-se também que a capacidade para amar e a depressão diminuem ao nível que a idade progride. Os participantes do género feminino apresentam níveis de stress mais elevados. Constatou-se que os participantes que se encontram atualmente numa relação íntima possuem uma capacidade para amar mais elevada do que aqueles que não estão atualmente numa relação íntima. Foi ainda revelado que quem não tem filhos, apresenta, de modo geral, uma capacidade para amar mais elevada e que os solteiros exibem um maior interesse no projeto de vida do outro e permanência da paixão sexual do que os casados e tendem a demonstrar um ideal comum do eu mais elevado do que os divorciados e casados. Ainda, o grupo dos divorciados apresenta um nível de aceitação da perda, luto e ressentimento superior ao grupo dos solteiros e o CTL total é mais elevado nos solteiros do que nos casados.
