Browsing by Author "Rodrigues, Carlos Miguel Fernandes"
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- A Cidade dos Sífragos: tentativa de reescrita da sinfonia 4 33 de John CagePublication . Rodrigues, Carlos Miguel Fernandes; Santos, Paula Mota; Campelo, ÁlvaroNo âmbito deste trabalho de investigação sobre o som na cidade do Porto, elegemos a Antropologia Visual como quadro de referências metodológicas para etnografar a cidade na atitude própria de quem quer realizar documentos audiovisuais sobre ela e para analisar um conjunto de filmes de ficção e documentário rodados, no Porto, durante o século XX. No entanto, a observação ou pesquisa de sonoridade e de estados acústicos urbanos não se socorreu apenas do audiovisual, mas também da teoria antropológica, da acústica, da literatura, da monografia, da ensaística, da imprensa. Para além disso, elaboramos um método de observação acústica voltado para a realização de filmes através da utilização de uma investigação etnosonográfica dos lugares adequada à formulação audiovisual de documentos e também para a caracterização sonora das cidades. Foi com este quadro teórico e metodológico que nos interrogamos acerca das características da sonoridade urbana da cidade do Porto, levantamos a questão de se poder admitir que os efeitos sonoros exerçam influências, provocando alterações sobre o viver e a saúde dos cidadãos e sobretudo sobre o crescimento das crianças que nela habitam, perguntando se será possível que numa sociedade com origem em crianças sífragas resulte alteração nas tipologias de cidadão e de cidadania. Com esta investigação depreendemos que os sons da cidade se integram na história sonora do planeta, e avançamos organizando um quadro em que, através do conceito metáfora Oceano Universal Pansonoro, enumeramos e explicamos as possíveis idades sonoras da terra. Correlacionando as idades sonoras da terra com a história da evolução tecnológica e considerando outras variáveis como a densificação demográfica e a tipologia da arquitetura urbana, enumeramos e classificamos as sonoridades e sociofonias em quinto janelas virtuais de escuta histórica. O estudo revelou ainda a existência de uma cultura de não escuta e a inexistência de discriminação sonora urbana, ficando as etnografias reduzidas a dialogias com pouco discriminação e aos fatalismos acústicos omnipresentes. Por este motivo, foram apontados, sob formato de propostas e sugestões, o que chamamos de Convenção Cívica para a Sonoridade Urbana e uma arquitetura urbana virada para construção de monumentalidades não só visuais mas também acústicas, a partir da arquitetura de Cister.