Browsing by Author "Riello, Giuseppe"
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- Prevalência da má oclusão dentária de classe III na população odontopediátrica na clínica pedagógica de medicina dentária da UFPPublication . Riello, Giuseppe; Gião, Ana; Pinho, Mónica MoradoIntrodução: A má oclusão de Classe III é caracterizada por um maxilar inferior avançado em relação ao superior. Isso pode levar a um perfil facial côncavo e resultar numa discrepância significativa entre o tamanho das arcadas dentárias superior e inferior. Nesta má oclusão de Classe III, a relação molar é caracterizada por um avanço dos molares inferiores em relação aos superiores. Isto pode criar uma oclusão invertida nos incisivos centrais, com os molares inferiores posicionados anteriormente aos molares superiores. As relações caninas podem refletir a discrepância molar, evidenciando frequentemente avanço dos caninos inferiores em relação aos caninos superiores. A correção desta má oclusão muitas vezes requer tratamento ortodôntico precoce, de forma a minimizar a severidade da má oclusão, permitindo uma melhor função dentária e estética. Objetivo: O seguinte estudo teve como objetivo identificar qual a má oclusão mais prevalente na população odontopediátrica que recorre à Clínica Pedagógica de Medicina Dentária da Universidade Fernando Pessoa (UFP). Metodologia: O estudo consiste na análise de dados recolhidos através dos ficheiros clínicos, tais como a data de nascimento e o sexo e os parâmetros da oclusão no plano vertical, transversal e horizontal. Com recurso aos arquivos no programa NEWSOFTDS18 da Clínica Pedagógica de Medicina Dentária UFP, foram procurados todos os pacientes com idade compreendida entre os 6 anos e 15 anos. Em cada paciente foram recolhidas as informações relativas à má oclusão dentária. Inicialmente foi realizada a recolha dos parâmetros da oclusão no plano sagital para avaliar a prevalência da má oclusão dentária de Classe III na população odontopediátrica na Clínica Pedagógica de Medicina Dentária da UFP. Posteriormente, foi criada uma tabela com os dados obtidos, de forma a se poder fazer uma análise comparativa dos mesmos. Resultados: O estudo analisou uma amostra composta por 87 indivíduos do género masculino (48,3% da população total) e 93 do género feminino (51,7% da população total). Os intervalos de confiança para essas proporções foram de 40,8%–55,9% e 44,1%–59,2%, respetivamente. Durante a recolha dos dados, dos 87 pacientes do sexo masculino, em apenas 76 foi possível identificar a relação molar, sendo que apenas 10 pacientes tinham uma relação molar de Classe III, representando uma prevalência de 13,2%. Relativamente à relação canina, apenas foi possível identificar em 73 pacientes, sendo que apenas 9 apresentaram uma relação canina de Classe III, representando uma prevalência de 12,3%. Para os 93 pacientes do sexo feminino analisados, em 77 pacientes foi possível identificar a relação molar, com apenas 8 pacientes a apresentarem uma relação molar de Classe III, representando uma prevalência de 10,4%. No que diz respeito à relação canina, dos 93 pacientes femininos, apenas foi identificada a relação canina em 81, sendo que apenas 7 tinham uma relação canina de Classe III, representando uma prevalência de 8,64%. Conclusão: A prevalência de má oclusão de Classe III, de acordo com os resultados deste estudo na população odontopediátrica da Clínica Pedagógica de Medicina Dentária da UFP, é inferior quando comparada com a má oclusão de Classe I e de Classe II. Por isso, é fundamental o diagnóstico precoce da má oclusão de Classe III, de forma a poderem ser implementadas intervenções terapêuticas funcionais eficazes, permitindo um melhor controlo do crescimento, evitando uma maior severidade da má oclusão. O que poderá resultar em tratamentos mais previsíveis e menos complexos e com melhores resultados funcionais e estéticos.
