Browsing by Author "Lustosa, Lara Azevedo"
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- Radiofrequência e rejuvenescimento dérmico: revisão narrativaPublication . Lustosa, Lara Azevedo; Sequeira, Teresa; Silveira, AugustaO envelhecimento cutâneo, caracterizado por uma diminuição na produção de colagénio e elastina na derme, conduz à perda de firmeza e elasticidade da pele, resultando em rugas, flacidez e textura irregular. Entre as tecnologias não invasivas disponíveis para o rejuvenescimento da pele, a radiofrequência tem-se vindo a destacar devido à sua capacidade de induzir a produção de novo colagénio através do aquecimento controlado das camadas profundas da derme. Esta revisão narrativa tem como objetivo reunir e analisar criticamente a evidência científica disponível sobre a eficácia da radiofrequência no rejuvenescimento dérmico, explorando seus mecanismos de ação, resultados clínicos, segurança e limitações. A radiofrequência atua pela geração de calor nas camadas dérmicas, resultando numa alteração conformacional imediata nas fibras de colágeno bem como na estimulação dos fibroblastos na síntese de novas fibras de colagénio e elásticas. Ainda, o aquecimento induzido pela radiofrequência melhora a circulação sanguínea local e facilita a remoção de toxinas. Diversos estudos demonstram a eficácia da radiofrequência na redução de rugas, melhoria da flacidez e na uniformização da textura da pele, com resultados visíveis após múltiplas sessões. Os dispositivos de radiofrequência variam em termos de aplicação e penetração na pele, sendo classificados como monopolar, bipolar, multipolar e radiofrequência fracionada. Cada tipo de dispositivo apresenta diferentes níveis de eficácia, dependendo da profundidade de penetração e da condição a ser tratada. Embora a radiofrequência seja amplamente considerada segura para todos os tipos de pele e fototipos, alguns efeitos adversos, como vermelhidão, edema e desconforto temporário, podem ocorrer. Ainda assim, estes efeitos são geralmente leves e transitórios. As limitações da radiofrequência incluem a variabilidade dos resultados entre os pacientes e a necessidade de múltiplas sessões para alcançar os resultados desejados, especialmente em pacientes com flacidez mais avançada ou envelhecimento severo. A radiofrequência é uma modalidade eficaz para o rejuvenescimento dérmico, oferecendo uma alternativa segura e não invasiva a outros métodos, como lasers ablativos e cirurgias estéticas. No entanto, a eficácia depende de fatores como a seleção correta do paciente, o protocolo de tratamento e a técnica utilizada. Estudos futuros que investiguem as combinações de radiofrequência com outras modalidades, como ultrassom e microagulhamento, podem ampliar ainda mais os benefícios da radiofrequência e proporcionar melhores resultados em rejuvenescimento dérmico.