Browsing by Author "Delboni, Carolina Helena Marin"
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- Intercorrências vasculares com ácido hialurónico associadas ao preenchimento labial: revisão narrativaPublication . Delboni, Carolina Helena Marin; Silveira, Augusta; Sequeira, TeresaO preenchimento labial é um procedimento, que integrado na Harmonização Orofacial, pode valorizar um sorriso estético em determinadas situações clínicas e, por se tratar de um procedimento minimamente invasivo, tem tido uma adesão crescente. A sua procura aumentou de 1,8 milhões de procedimentos em 2010 para 2,6 milhões em 2016, segundo a Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos dos Estados Unidos. O objectivo do presente trabalho é analisar e discutir as reações adversas e intercorrências associadas ao procedimento de preenchimento labial, salientando o determinante papel do conhecimento anatómico e do domínio das técnicas de execução clínica para aumentar a previsibilidade dos tratamentos e antecipação de possíveis complicações. Pretende-se realizar uma revisão narrativa da literatura, tendo por base a análise de descrição de casos clínicos com intercorrências aquando de preenchimento labial, num período de revisão de 10 anos (2013-2022). As complicações e eventos adversos nem sempre são reconhecidos, e, apesar de na sua maioria serem leves e transitórios, há aquelas mais graves, que podem incluir a necrose labial. Os efeitos adversos após o preenchimento labial com ácido hialurónico podem ser classificados de acordo com a gravidade, natureza ou de acordo com seu início. As complicações imediatas e precoces incluem equimoses, edemas, infecções, nódulos e comprometimento vascular. Para controlo das intercorrências é essencial compreender as características relevantes do produto utilizado, ter domínio da anatomia facial e das técnicas de injeção. Na maioria dos casos, a artéria labial pode encontrar-se superior à borda do vermelhão, sob o músculo orbicular da boca, com profundidade mínima de 3 mm, onde o preenchimento dérmico nesta profundidade evitaria as complicações críticas relacionadas ao procedimento citado, no entanto, as artérias labiais, superior e inferior, podem apresentar um padrão de curso variável. Os eventos adversos mais graves podem ocorrer, deixando o paciente com déficit funcional e estético permanente. Cabe ao clínico exercer o ato médico com segurança, assegurando ao paciente um tratamento eficaz, harmonioso e sem intercorrências permanentes.