Browsing by Author "Costa, Vanesca Alves"
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- Controlo do tratamento endodontico não-cirúrgico de dentes com diagnóstico de necrose pulpar associada ou não a lesão apical: continuaçãoPublication . Costa, Vanesca Alves; Teles, Ana MouraIntrodução: De forma a se poder pronunciar o grau de recuperação de uma lesão com Necrose Pulpar e/ou Periodontite Apical Crónica, o Tratamento Endodôntico Não- Cirúrgico (TENC) deve ser sujeito a uma avaliação do sucesso, tendo em conta diversos critérios. O trabalho, agora apresentado, pretende esclarecer os conceitos de sucesso e insucesso do TENC, enumerar os critérios de avaliação do sucesso e insucesso desta opção terapêutica, relatar os fatores inerentes ao procedimento clínico condicionantes da taxa de sucesso. Bem como analisar as taxas de sucesso atualmente prevalentes e mostrar os dados do acompanhamento, até ao momento, do protocolo desenvolvido num projeto de investigação intitulado “Analysis of endodontic pathogens by classical microbiological and nucleic acid approaches”, na Universidade Fernando Pessoa. Materiais e métodos: Num estudo de controlo randomizado (“Analysis of endodontic pathogens by classical microbiological and nucleic acid approaches”) iniciado em 2011, foram selecionados 71 pacientes de ambos os géneros, possuidores de um dente monorradicular, com diagnósticos de Necrose Pulpar ou de Periodontite Apical Crónica, (com imagem radiolúcida associada, indicativa de lesão periapical, sem exposição pulpar e sem sinais de doença periodontal). Nesse estudo, o tratamento foi realizado de acordo com um protocolo clínico que propunha testar a eficácia da pasta de hidróxido de cálcio e do gel de digluconato de clorhexidina a 2%, como medicação intracanalar (MI). O controlo dos resultados, realizado de forma longitudinal num período estimado de 4 anos (6 em 6 meses, no primeiro ano, e 12 em 12 meses, nos seguintes anos), foi efetuado por examinador duplo. Por questões temporais, neste trabalho, fez-se análise dos resultados aos acima de 30 meses e aos abaixo de 42 meses, ou seja, numa média estimada de 3 anos para 26 doentes. A análise dos resultados foi realizada por aplicação do IBM© SPSS© Statistics, vs. 22.0, considerando um nível de significância de 0,05 nos procedimentos de inferência estatística. Resultados e discussão: Aos 3 anos , 88,5 % (n=23) dos controlos foram classificados como bem-sucedidos, 11,5% (n=3) como questionáveis. Fatores tais como a MI, o diagnostico, a profundidade de sondagem, a mobilidade, adaptação tridimencional da obturação, adaptação da restauração ao material obturador, adaptação da restauração coronal, infiltração marginal, o tamanho da radiolucidez periapical e a classificação do Índice Periapical, prevêem alguma interferência na recuperação no período de 3 anos. Conclusão: Os resultados sugerem que é possível atingir taxas de sucesso elevadas para o TENC quando as causas intrarradiculares e/ou extrarradiculares, de origem endodôntica, são bem controladas. Contudo, não se pode considerar como terminado o tratamento na fase de obturação do canal radicular. O retorno do dente às suas funções, só fica concluído com a execução da restauração definitiva o mais próxima possível da data de conclusão do TENC e sua preservação ao longo do controlo dos primeiros 4 anos.
