Browsing by Author "Coelho, Mafalda Maria Pereira"
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- Avaliação do conhecimento atual dos profissionais de saúde oral quanto ao diagnóstico do cancro oralPublication . Coelho, Mafalda Maria Pereira; Trancoso, Pedro; Arcanjo, AlexandraIntrodução: Atualmente o cancro oral é o sexto cancro mais comum em todo o mundo. A sua elevada taxa de morbilidade e consequente mortalidade está relacionada com uma deteção da doença em estádios de malignidade avançados. Esta conjuntura acaba por levar ao aumento de complicações no tratamento, o que o torna mais agressivo consoante o grau de malignidade. Por isso o diagnóstico precoce combinado com o tratamento adequado é a chave fundamental para o controlo da doença. Face a esta realidade os profissionais de saúde têm um papel fulcral na deteção precoce de lesões potencialmente malignas ou malignas, sendo por isso um objetivo prioritário na saúde. Para avaliação deste tipo de lesões o diagnóstico definitivo, histopatologicamente fornecido pela biópsia convencional, continua a ser o método imprescindível e de eleição para os profissionais de saúde, no entanto novas técnicas não-invasivas têm surgido como auxiliares de diagnóstico. Objetivos: Esta monografia teve como objetivo obter um conhecimento detalhado acerca do cancro oral, nomeadamente as suas principais particularidades e especificidades de forma a obter uma deteção precoce e consequentemente um prognóstico favorável. Conjuntamente, foi realizado um estudo que recolheu informações sobre o conhecimento geral dos médicos dentistas e estomatologistas portugueses relativamente ao cancro oral, a utilização de modalidades auxiliares de diagnóstico hoje em dia disponíveis, assim como a colheita de dados face ao protocolo de atuação dos clínicos aquando suspeita de lesões potencialmente malignas ou malignas. Materiais e Métodos: Este trabalho teve como base as palavras-chave delineadas e critérios de inclusão e exclusão específicos, com o objetivo de angariar e debater o máximo de informação acerca desta grande associação entre oncologia e medicina dentária, o cancro oral. De forma a dar resposta aos objetivos enunciados associou-se a esta monografia um estudo quantitativo do tipo descritivo e transversal. A recolha de dados foi realizada através de um inquérito em que participaram 324 profissionais de saúde oral. O inquérito, com a totalidade de vinte e uma perguntas, teve como principal objetivo a recolha de informação sobre o conhecimento geral do médico dentista ou estomatologista relativamente ao cancro oral. Após colheita de dados, estes foram tratados e analisados recorrendo a programas informáticos como o Microsoft Office Excel (2010) e o programa Statistical Package for the Social Sciences (IBM© SPSS© Statistics) vs. 22.0 para Windows. Resultados: A amostra selecionada demonstrou ter os conhecimentos necessários e fundamentais quando abordados sobre este tema, estando conscientemente alerta caso suspeitem de uma lesão potencialmente maligna ou maligna. Cerca de 78% dos inquiridos preferem encaminhar o paciente quando perante uma lesão suspeita. Relativamente aos indivíduos que realizam biópsia, 66.7% prefere a técnica excisional. 96% discute com colegas quando suspeita de uma lesão maligna. A maioria dos profissionais (88.9%) refere que nunca utilizou outros métodos auxiliares para além da biópsia. Dos 11.1% que admitem ter utilizado outro método auxiliar de diagnóstico, 58.8% indica o azul de toluidina como método preferencial. 27.2% dos profissionais não considera a biópsia como elemento fundamental. Discussão e Conclusão: Através da pesquisa realizada verificou-se que é fundamental um conhecimento dos sinais e sintomas e a realização de rastreio em consultas de rotina para detetar precocemente lesões potencialmente malignas ou malignas. Por consenso geral dos inquiridos, constatou-se que a história clínica, o exame clínico e a biópsia são os métodos mais eficazes e comummente utilizados a fim de reduzir a morbilidade e mortalidade associada a esta doença. Ainda assim, 27.2% dos profissionais não considera a biópsia como elemento fundamental o que revela ser preocupante. Contudo corroborou-se que a maioria dos inquiridos, mesmo aptos teoricamente, prefere encaminhar ao invés de realizar biópsia.
