Browsing by Author "Carneiro Junior, Isaltino Monte"
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- A influência do rio Amazonas na orla do Aturiá em Macapá-Amapá, BrasilPublication . Carneiro Junior, Isaltino Monte; Branco-Teixeira, MiguelA maioria da população brasileira e mundial estão localizadas em áreas costeiras, nas bordas dos oceanos ou estuários. As correntes dos mares e rios causam repercussões consideráveis nas margens, o que importa estudar e propor medidas que viabilizem a diminuição dos problemas ambientais. Assim, a presente dissertação visa analisar a orla de Aturiá, que se encontra no município de Macapá, extremo norte do Brasil. O objeto de estudo, se encontra em processo de erosão e uma urbanização informal, vegetação suprimida, comércio informal e urbanização horizontal, com habitação palafíticas, cuja ligação se faz por passarelas de madeiras. A estrutura de concreto armado que o Governo do Estado do Amapá está utilizando como solução para a proteção da orla do Aturiá pode sofrer efeitos negativos devido a alcalinidade das águas do Rio Amazonas. Sabe-se que o concreto é um material alcalino e a formação de uma capa de proteção depende do ambiente alcalino no qual o mesmo se encontra. Os valores obtidos nas amostras não são suficientes para evitar uma queda súbita do pH. Esses valores não ajudam a alcalinidade necessária para proteger as armaduras dessas quedas súbitas e, consequentemente, queda do pH. Quanto aos valores de fluoreto, eles foram relativamente baixos e podem agir de forma deletéria na corrosão do aço e provocar o pite nas armaduras, diminuindo assim a vida útil da estrutura. Para o cloro, o valor encontrado nas amostras analisadas foi muito baixo, não tendo poder para causar grandes problemas na estrutura de concreto armado a curto, médio e longo prazo. Quanto ao importante fator solo, de acordo com os ensaios e curvas geradas, foi possível inferir que não é muito favorável para efetuar qualquer elemento de proteção costeira, diretamente sobre o substrato existente, sem os devidos cuidados de investigação profunda, para a determinação de uma fundação adequada, após as análises da sondagem geológica do solo, para a determinação da estrutura mais vantajosa para o caso. Importante destacar que o solo em questão é recente e muito dinâmico. As variáveis naturais analisadas como ondas, ventos, altura de marés, vazão e descarga liquida mostraram a força/energia que o rio Amazonas incide sobre a proteção de arrimo, o que deve ser analisado por uma ótica construtiva de aumentar a resistência dos materiais, pois estamos lidando com o rio de maior vazão de água do mundo e cuja variação entre o período seco e cheio é enorme. A orla do Aturiá demonstra que a opção de muro de peso não é a melhor escolha tendo em vista que já é terceira vez que os serviços são refeitos para a mesma opção de contenção. Desta forma, verificou-se que o Rio Amazonas tem uma vazão da ordem de 91.700 m3/s e 203.000 m3/s, seus impactos são significativos, na utilização de dissipadores de energia como forma de garantir uma vida útil bem maior do que a contenção de peso.