Amaral-Bastos, ManuelaAraújo, BeatrizCastro-Caldas, Alexandre2019-11-182019-11-182019-11-15http://hdl.handle.net/10284/8231Resumo de comunicação oral apresentada nas 2as Jornadas "Viver com a Diabetes", organizadas pela Escola Superior de Enfermagem da Cruz Vermelha Portuguesa de Oliveira de AzeméisIntrodução: Os adolescentes com Diabetes Mellitus tipo 1 (DM 1), a par com as transições próprias da idade, deparam-se com a gestão de um processo de doença exigente. Objetivos: Traçar um perfil de competências de adolescentes com DM 1; relacionar o perfil de competências, a idade e as variáveis clínicas. Metodologia: Amostra intencional com 112 adolescentes diabéticos, maioritariamente do sexo masculino (57,1%), com 13 a 18 anos (Média=15.1; DP=1.48). Colheita de dados (07/2014–06/2015), em 5 hospitais do norte. Escalas utilizadas: Escala de Locus de Controlo na Saúde (ELCS); subescala dos External Assets da Health Kids Resilience Assessment Module (HKRAM) versão 6.0, Escala Toulousiana de Coping (ETC). Testes: teste t, ANOVA Unidirecional e correlações de Pearson. Resultados: Os adolescentes em estudo têm diagnóstico médio de 6 anos (DP=3.55; Amplitude=1-14 anos). Apresentam maioritariamente peso adequado (21,4%-excesso de peso; 5.4%-obesidade); TA normal (9,6%-Pré-HTA; 22.3%-HTA) e mau controlo da HbA1c (M=8.9; DP=1.85; Amplitude=9.5). No grupo etário dos mais novos, são os rapazes que maioritariamente (87.2%) apresentam mau controlo da HbA1c, com inversão nos mais velhos, com as raparigas (87,5%) a apresentarem valores mais elevados. Encontramos diferenças com significância estatística no Locus de Controlo Externo [LCE; (p=.035)], nomeadamente na dimensão Outros Poderosos (p=.006), favoráveis aos rapazes; no coping ao nível do Controlo (p=.024), Suporte Social (p=.019) e Recusa (p=.048) e favoráveis às raparigas ao nível do Retraimento, Conversão e Aditividade [(RCA); p=.48] e nos Recursos Internos (p=.038), favoráveis aos rapazes. Não foram encontradas outras difernças. Encontramos correlações positivas entre Recursos Internos e Controlo (.593**), Suporte Social (.429**) e Distração Social (.199*). O Suporte Social, também se correlaciona positivamente com o Locus de Controlo Interno [(LCI); .190*] e o Locus de Controlo Externo (.285*). Estratégias de coping negativas, nomeadamente RCA, correlacionam-se positivamente com Outros Poderosos [(LCE); .217*) e negativamente com Autoeficácia (-.284**) e, por sua vez, a Recusa correlaciona-se positivamente com Outros Poderosos (.285**). O RCA correlaciona-se negativamente com Autoeficácia (-.284**). Correlações positivas entre Idade e Outros Poderosos (-.201*), Cooperação e Comunicação (-.248**), Resolução de Problemas (-.193*) e Controlo (-.201*). A HbA1c correlaciona-se negativamente com Objetivos e Aspirações. Conclusão: O perfil traçado mostra que os rapazes dispõem de mais recursos internos, confiam mais nos técnicos de saúde para a gestão da saúde/doença, utilizam mais estratégias de controlo, suporte social e recusa. Os adolescentes que dispõem de mais recursos internos optam pela utilização de estratégias de coping positivas, nomeadamente Controlo e Suporte Social. Os adolescentes que fazem uso de estratégias de coping mais negativas, dependem mais dos outros, nomeadamente dos técnicos de saúde, para gerirem a saúde/doença, bem como os mais cooperantes e comunicativos e com maior autoconhecimento. Também são menos eficazes os que utilizam mais RCA. À medida que os adolescentes se vão desenvolvendo, tornam-se menos dependentes dos outros na gestão da sua saúde, são menos cooperantes e comunicativos, sentem menos capacidade na resolução de problemas e utilizam menos estratégias de controlo. Adolescentes com mais objetivos apresentam melhor controlo metabólico. Conhecer o perfil de competências do adolescente constitui informação pertinente para o desenho de intervenções personalizadas.porAdolescenteDiabetes Mellitus Tipo 1Enfermagem PediátricaHabilidades SociaisLocus de controlo na saúde, recursos internos e estratégias de coping em adolescentes com DM1lecture