Moutinho, CarlaMatos, CarlaMagalhães, JoanaCastro, JoãoSilva, Carla Sousa e2019-09-262019-09-2620171646-8848http://hdl.handle.net/10284/8049A maioria dos fármacos comercializados atualmente são estereoisómeros, podendo estes apresentarse na forma de enantiómeros ou diastereómeros. Desde que a talidomida causou inúmeros casos de malformações fetais, as indústrias química e farmacêutica aperceberam-se da importância do estudo da quiralidade dos fármacos e das suas propriedades estereoquímicas. A análise da correlação entre a quiralidade e as propriedades toxicológicas e farmacológicas dos compostos levou, não só à eliminação de efeitos adversos, como também a benefícios terapêuticos. Tem surgido uma tendência para a comercialização de novos fármacos sob a forma de enantiómeros puros, pois apresentam vantagens em relação às misturas racémicas. A escolha entre um enantiómero ou uma mistura racémica depende das vantagens terapêuticas, dos efeitos adversos e dos custos de desenvolvimento. Este trabalho evidência as diferenças a nível da atividade biológica e dos parâmetros farmacocinéticos entre os racematos e os estereoisómeros dos bloqueadores β-adrenérgicos. À semelhança do que acontece com outros fármacos, na sua maioria, os bloqueadores β são prescritos como racematos.Contudo, em humanos, os seus S-enantiómeros são muito mais eficazes que os seus antípodas, por exemplo, no tratamento de patologias cardíacas, podendo a purificação e administração do eutómero traduzir-se em benefício clínico para o doente.porEstereoquímicaEstereoisómerosEstereosseletividadeMistura racémicaQuiralidadeBloqueadores-adrenérgicosEsteroisómeros na terapêutica com bloqueadores beta-adrenérgicosjournal article