Sousa, Jorge PedroAntoun, HenriqueMarinho, Felipe Harmata2021-07-122022-12-042020-12-04http://hdl.handle.net/10284/10069A tese defendida por esta investigação é a de que o influenciador digital é um tipo contemporâneo de formador de opinião/gatekeeper, criado a partir do conceito maker, que traz para os meios de comunicação digitais uma mistura de publicações de cunho público/profissional com conteúdo privado/pessoal, o que acentua uma reconfiguração do espaço público da sociedade, com temas tidos como banais assumindo espaço no debate público. O contexto é o de que a internet e as redes sociais trouxeram uma reconfiguração de quem tem voz e relevância no espaço público. Por isso o problema de pesquisa parte da seguinte pergunta: quais são as características da produção, interação e compartilhamento de conteúdo dos influenciadores digitais? O objetivo geral é o de analisar as características da presença on-line dos influenciadores digitais. Os objetivos específicos são os de refletir sobre as relações entre o influenciador digital, produção de conteúdo, mercado e público; verificar a ligação que os influenciadores tem com o conceito de nicho de público, com a teoria da cauda longa e com o movimento maker; analisar como se constrói a autoridade de um influenciador digital para falar sobre determinado assunto/tema na internet; discutir o tipo de visibilidade que os influenciadores possuem no espaço público e analisar se há relação com o conceito clássico de celebridade; analisar como se dá a formação de uma comunidade digital ao redor do material postado pelo influenciador digital; analisar a relação entre publicações de cunho profissional/pessoal e público/privado de influenciadores digitais. O trabalho é dividido em quatro capítulos. O primeiro apresenta o conceito de esfera pública, discute as transformações dela ao longo do tempo e faz uma abordagem sobre o que é privado e o que é público ao longo da história. O segundo capítulo traz um panorama desde o conceito clássico do modelo do gatekeeper, do formador de opinião, até chegar ao influenciador digital. Faz-se uma articulação com conceitos sobre compartilhamento de conteúdo e sobre o relato do cotidiano, do banal, nas redes sociais. O terceiro capítulo é dedicado a apresentação da metodologia e o quarto é focado nos resultados da pesquisa empírica. A investigação fez um estudo-piloto, no formato de grupo focal, com heavy users da internet. O objetivo foi o de entender como se dá a relação do público com influenciadores digitais. A pesquisa definitiva foi realizada com a metodologia de pesquisa qualititiva, entrevista semi-estruturada com 11 dos principais influenciadores digitais do Brasil. O trabalho parte de duas hipóteses. A primeira é a de que os influenciadores digitais são socializadores de conteúdo, que se formaram e cresceram seguindo as bases do chamado movimento maker e trazem assuntos para o debate público, de forma diluída e para nichos específicos de público. A segunda é a de que postagens de elementos do cotidiano, da vida pessoal, da banalidade são tão importantes quanto discussões sobre o assunto profissional que os influenciadores dominam. Como conclusões, a primeira hipótese foi confirmada, com os influenciadores digitais se mostrando como autodidatas, praticantes do conceito de DIY (Do It Yourself), com a percepção dos entrevistados de que não existe um influenciador nato, que é preciso ter uma profissão, repertório e histórico e que os influenciadores se consideram como espécies de curadores de conteúdo, facilitadores, produzem para que as pessoas tenham empoderamento e autonomia, mas sempre ligados a nichos específicos de público. A segunda hipótese foi confirmada parcialmente. A investigação mostrou que os influenciadores enxergam que o espaço público na internet conta com a mistura entre elementos do pessoal e profissional, mas percebe-se que, no caso deles, há um peso maior para o lado profissional. Por fim, eles também ressignificam o conceito de banalidade, assumindo que há uma valorização do cotidiano no espaço público, mas que isso pode agregar ao conteúdo, principalmente no que se refere ao engajamento das publicações e à proximidade com o público.The thesis defended by this investigation is that digital influencer is a contemporary type of opinion/gatekeeper maker, created from a maker concept, which brings to the digital media a mixture of public/professional publications with prived/personal content, which accentuates a reconfiguration of the public space of society, with subjects considered as banal assuming space in the public debate. The context is that the internet and social networks brought a reconfiguration of who has voice or relevance in the public space. That’s why the research problem starts from the following question: what are the production, interaction and content sharing characteristics of digital influencers? The general objective is to analyze the characteristics of the online presence of digital influencers. The specifics objectives are to reflect on the relations among digital influencer, content production, the market and the public; verify the link that influencers have with the concept of audience niche, with the long tail theory and with the maker movement; analyse how the authority of a digital influencer is built to talk about a certain subject/theme on the internet; discuss the type of visibility that influencers have in the public space and analyse if there is a relationship with the classic concept of celebrity; analyze how a digital community is formed around the material posted by the digital influencer; analyze the relationship between professional / personal and public / private publications by digital influencer. The paper is divided into four chapters. The first introduces the concept of the public sphere, discusses its transformations over time and approaches what is private and what is public throughout history. The second chapter provides an overview from the classic concept of the gatekeeper model, from the opinion maker until reaching the digital influencer and articulates concepts about content sharing and the reporting of everyday life, the banal, on social networks. The third chapter is dedicated to presenting the methodology and the fourth is focused on the results of empirical research. The investigation carried out a pilot study, in the form of a focus group, with heavy internet users. The objective was to understand how the public's relationship with digital influencers occurs. The definitive research was carried out using the qualitative research methodology, with a semi-structured interview with 11 of the main digital influencers in Brazil. The paper starts from two hypotheses. The first is that digital influencers are content socializers, who were formed and grew up following the foundations of the so-called maker movement and which bring issues to the public debate, in a diluted manner and to specific public niches. The second is that posts from elements of everyday life, personal life, banality are as important as discussions on the professional subject that influencers dominate. As conclusions, the first hypothesis was confirmed, with digital influencers showing themselves as self-taught, practitioners of the DIY concept (Do It Yourself), with the interviewees' perception that there is no natural influencer, that it is necessary to have a profession, repertoire and historical and that influencers consider themselves as types of content curators, facilitators, who produce so that people have empowerment and autonomy, but always linked to specific niches of public. The second hypothesis was partially confirmed. Research has shown that influencers see that the public space on the Internet has a mix between personal and professional elements, but it is clear that, in their case, there is a greater weight for the professional side. Finally, they also re-signify the concept of banality, assuming that there is an appreciation of everyday life in the public space but that this can add to the content, especially with regard to engagement of publications and proximity to the public.La thèse soutenu par cette enquête est que l'influenceur numérique est un type contemporain d'opinion maker / gatekeeper, créé à partir du concept maker, qui apporte aux médias numériques un mélange de publications publiques / professionnelles avec du contenu privé / personnel, qui accentue une reconfiguration de l'espace public de la société, avec des thèmes considérés comme banals dans le débat public. Le contexte est que l'Internet et les réseaux sociaux ont apporté une reconfiguration de ceux qui ont une voix et une pertinence dans l'espace public. Le problème de recherche part donc de la question suivante: quelles sont les caractéristiques de la production, de l'interaction et du partage de contenu des influenceurs numériques? L'objectif général est d'analyser les caractéristiques de la présence en ligne des influenceurs numériques. Les objectifs spécifiques sont de réfléchir sur la relation entre l'influenceur numérique, la production de contenu, le marché et le public; vérifier le lien qu'ont les influenceurs avec le concept de niche publique, avec la théorie de la longue traîne et avec le mouvement maker; analyser comment l'autorité d'un influenceur numérique se construit pour parler d'un certain sujet / thème sur Internet; discuter du type de visibilité que les influenceurs ont dans l'espace public et analyser s'il existe une relation avec le concept classique de célébrité; analyser comment une communauté numérique se forme autour du matériel publié par l'influenceur numérique; analyser la relation entre les publications professionnelles / personnelles et publiques / privées des influenceurs numériques. L'ouvrage est divisé en quatre chapitres. Le premier introduit le concept de sphère publique, discute ses transformations dans le temps et aborde ce qui est privé et ce qui est public à travers l'histoire. Le deuxième chapitre propose une vue d'ensemble du concept classique du modèle du gardien, du faiseur d'opinion, à atteindre l'influenceur numérique et articule des concepts sur le partage de contenu et le compte rendu de la vie quotidienne, banale, sur les réseaux sociaux. Le troisième chapitre est consacré à la présentation de la méthodologie et le quatrième se concentre sur les résultats de la recherche empirique. L'enquête a mené une étude pilote, sous la forme d'un groupe de discussion, avec de gros utilisateurs d'Internet. L'objectif était de comprendre comment la relation du public avec les influenceurs numériques se produit. La recherche définitive a été réalisée en utilisant la méthodologie de recherche qualitative, avec un entretien semi-structuré avec 11 des principaux influenceurs numériques au Brésil. Le travail part de deux hypothèses. La première est que les influenceurs numériques sont des socialiseurs de contenu, qui se sont formés et ont grandi en suivant les fondements du soi-disant mouvement maker et qui posent des problèmes au débat public, de manière diluée et dans des niches publiques spécifiques. La seconde est que les messages provenant d'éléments de la vie quotidienne, de la vie personnelle, de la banalité sont aussi importants que les discussions sur le sujet professionnel que les influenceurs dominent. En conclusion, la première hypothèse a été confirmée, les influenceurs numériques se montrant autodidactes, praticiens du concept DIY (Do It Yourself), avec la perception des interviewés qu'il n'y a pas d'influenceur né, qu'il faut avoir un métier, un répertoire et historiques et que les influenceurs se considèrent comme des types de conservateurs de contenu, de facilitateurs, qui produisent de manière à ce que les gens aient le pouvoir et l'autonomie, mais toujours liés à des publics de niche spécifiques. La deuxième hypothèse a été partiellement confirmée. L'enquête a montré que les influenceurs voient que l'espace public sur internet est un mélange entre des éléments personnels et professionnels, mais il est clair que, dans leur cas, il y a un poids plus important pour le côté professionnel. Enfin, ils re-signifient également le concept de banalité, en supposant qu'il y a une appréciation de la vie quotidienne dans l'espace public mais que cela peut ajouter au contenu, notamment en ce qui concerne l'engagement des publications et la proximité avec le public.La tesis defendida por esta investigación es la de que el influenciador digital es un tipo contemporáneo de formador de opinión/gatekeeper, creado a partir del concepto maker, que trae para los medios de comunicación digitales una mezcla de publicaciones de cuño público/profesional con contenido privado/personal, lo que acentúa una reconfiguración del espacio público de la sociedad, con temas considerados como banales asumiendo espacio en el debate público. El contexto es el de que la internet y las redes sociales trajeron una reconfiguración de quien tiene voz y relevancia en el espacio público. Por eso el problema de pesquisa parte de la siguiente pregunta: ¿cuáles son las características de la producción, interacción y compartimiento de contenido de los influenciadores digitales? El objetivo general es analizar las características de la presencia on-line de los influenciadores digitales. Los objetivos específicos son reflexionar sobre las relaciones entre el influenciador digital, producción de contenido, mercado y público; verificar la ligación que los influenciadores tienen con el concepto de nicho de público, con la teoría de la cola larga y con el movimiento maker; analizar cómo se construye la autoridad de un influenciador digital para hablar sobre determinado asunto/tema en la internet; discutir el tipo de visibilidad que los influenciadores poseen en el espacio público y analizar si existe relación con el concepto clásico de celebridad; analizar cómo se produce la formación de una comunidad digital alrededor del material postado por el influenciador digital; analizar la relación entre publicaciones de cuño profesional/personal y público/privado de influenciadores digitales. El trabajo está dividido en cuatro capítulos. El primero presenta el concepto de esfera pública, discute las transformaciones de ella a lo largo del tempo y hace un abordaje sobre lo que es privado y lo que es público a lo largo de la historia. El segundo capítulo presenta un panorama desde el concepto clásico del modelo del gatekeeper, del formador de opinión, hasta llegar al influenciador digital y hace una articulación con conceptos sobre compartimiento de contenido y sobre el relato del cotidiano, de lo banal, en las redes sociales. El tercer capítulo está dedicado a la presentación de la metodología y el cuarto tiene foco en los resultados de la pesquisa empírica. La investigación realizó un estudio piloto, en el formato de grupo focal, con heavy users de la internet. El objetivo fue entender cómo se origina la relación del público con influenciadores digitales. La pesquisa definitiva fue realizada con la metodología de pesquisa cualitativa, con entrevista semiestructurada con 11 de los principales influenciadores digitales de Brasil. El trabajo parte de dos hipótesis. La primera es la de que los influenciadores digitales son socializadores de contenido, que se formaron y crecieron siguiendo las bases del llamado movimiento maker y que traen asuntos para el debate público, de forma diluida y para nichos específicos de público. La segunda es la de que postajes de elementos del cotidiano, de la vida personal, de la banalidad son tan importantes como discusiones sobre el asunto profesional que los influenciadores dominan. Como conclusiones, la primera hipótesis fue confirmada, con los influenciadores digitales mostrándose como autodidactas, practicantes del concepto de DIY (Do It Yourself), con la percepción de los entrevistados de que no existe un influenciador nato, que es preciso tener una profesión, repertorio e histórico y que los influenciadores se consideran como especies de curadores de contenido, facilitadores, que producen para que las personas tengan empoderamiento y autonomía, pero siempre ligados a nichos específicos de público. La segunda hipótesis fue confirmada parcialmente. La investigación mostró que los influenciadores ven que el espacio público en la internet cuenta con la mezcla entre elementos de lo personal y profesional, pero se percibe que, en el caso de ellos, hay un peso mayor para el lado profesional. Finalmente ellos también resignifican el concepto de banalidad, asumiendo que hay una valorización del cotidiano en el espacio público pero que eso puede agregar al contenido, principalmente en lo que se refiere al compromiso con las publicaciones y en la proximidad con el público.porInfluenciador digital e as relações de sociabilidade na internet: um estudo sobre a produção e compartilhamento de conteúdo de formadores de opiniãodoctoral thesis101631740