Cardoso, JorgeSani, Ana IsabelRolo, André João Morais2017-09-282018-06-052017-06-05http://hdl.handle.net/10284/6160A presente dissertação incide sobre a violência contra trabalhadoras sexuais, encontrando-se dividida em dois artigos de investigação. Realizaram-se 20 entrevistas semiestruturadas a mulheres que exercem prostituição em contexto de rua ou de interior. O acesso às participantes foi estabelecido através da colaboração de entidades que trabalhavam no terreno, assim como através do uso da estratégia de “bola de neve”. O primeiro artigo apresenta os resultados de um estudo qualitativo, que procurou caraterizar as representações de violência sofrida pelas trabalhadoras sexuais, considerando os significados atribuídos à mesma, os tipos de violência, e os seus agentes. Todas as participantes verbalizaram que já tinham sofrido algum tipo de violência, contudo foi possível constatar que os significados, o tipo de vitimização e os perpetradores diferiam consideravelmente consoante o contexto de exercício da prostituição. As trabalhadoras sexuais de rua, comparativamente com as de interior apresentavam maior vulnerabilidade à violência física por parte de clientes, assim como insultos verbais e arremesso de objetos por parte da comunidade. Verificou-se também, que a rivalidade entre trabalhadoras sexuais poderia representar uma possível fonte de violência. Apurou-se ainda, experiências de violência prévia ao trabalho sexual, designadamente sobre forma de maus tratos na infância/adolescência e violência doméstica na idade adulta. O segundo artigo, também qualitativo, investigou quais as estratégias que as trabalhadoras sexuais utilizam para se protegerem da violência e da estigmatização. Com os dados obtidos foi possível verificar que as estratégias utilizadas perante a violência são múltiplas e complexas, podendo diferir consoante o contexto da atividade e as dinâmicas entre trabalhadoras sexuais. Quanto às estratégias para lidar com o estigma, estas incidiam na ocultação da atividade.A presente dissertação incide sobre a violência contra trabalhadoras sexuais, encontrando-se dividida em dois artigos de investigação. Realizaram-se 20 entrevistas semiestruturadas a mulheres que exercem prostituição em contexto de rua ou de interior. O acesso às participantes foi estabelecido através da colaboração de entidades que trabalhavam no terreno, assim como através do uso da estratégia de “bola de neve”. O primeiro artigo apresenta os resultados de um estudo qualitativo, que procurou caraterizar as representações de violência sofrida pelas trabalhadoras sexuais, considerando os significados atribuídos à mesma, os tipos de violência, e os seus agentes. Todas as participantes verbalizaram que já tinham sofrido algum tipo de violência, contudo foi possível constatar que os significados, o tipo de vitimização e os perpetradores diferiam consideravelmente consoante o contexto de exercício da prostituição. As trabalhadoras sexuais de rua, comparativamente com as de interior apresentavam maior vulnerabilidade à violência física por parte de clientes, assim como insultos verbais e arremesso de objetos por parte da comunidade. Verificou-se também, que a rivalidade entre trabalhadoras sexuais poderia representar uma possível fonte de violência. Apurou-se ainda, experiências de violência prévia ao trabalho sexual, designadamente sobre forma de maus tratos na infância/adolescência e violência doméstica na idade adulta. O segundo artigo, também qualitativo, investigou quais as estratégias que as trabalhadoras sexuais utilizam para se protegerem da violência e da estigmatização. Com os dados obtidos foi possível verificar que as estratégias utilizadas perante a violência são múltiplas e complexas, podendo diferir consoante o contexto da atividade e as dinâmicas entre trabalhadoras sexuais. Quanto às estratégias para lidar com o estigma, estas incidiam na ocultação da atividade.porTrabalho sexualTrabalhadoras sexuaisViolênciaEstigmatizaçãoSex workSex workersViolenceStigmatizationViolência contra trabalhadoras sexuaismaster thesis