Ribeiro, Maria GilPereira, Lúcia de Fátima de Sousa2018-11-162018-11-162013-11-21http://hdl.handle.net/10284/7029As microvesículas são um grupo heterogéneo de vesículas esféricas com um diâmetro de 100-1000 nm, formadas por brotamento/gemulação da membrana plasmática da célula. Os exossomas são estruturas mais homogéneas e mais pequenas (40-120 nm) do que as microvesículas. Ao contrário das microvesículas, que são abundantes na circulação sanguínea e derivam, essencialmente, de plaquetas, os exossomas são derivados do compartimento endo-lisossomal. Estas estruturas têm sido detetadas no sangue e em vários fluídos corporais (urina, secreções broncoalveolar, muco, saliva, bílis, ascite, fluido cérebroespinhal e leite materno). A sua composição é heterogénea e depende do tipo de célula de origem. A composição diferenciada é um pré-requisito para a sua função potencial de biomarcador patofisiológico. De facto, a sua constituição específica em proteínas transmembranares, proteínas solúveis, mRNA e microRNA pode ser representativa de uma condição fisiológica normal ou patológica. Deste modo, um passo crítico para a utilização, no futuro, de microvesículas e endossomas como biomarcadores consistirá na identificação de correlações inequívocas entre os diferentes estados de progressão da doença e o respetivo padrão bioquímico. Adicionalmente, a sua deteção e caracterização de forma rápida, usando biossensores baseados em nanopartículas, deverá permitir a sua utilização como biomarcadores de doenças de etiologia muito diversa, tais como tais como o cancro, doenças metabólicas e doenças neurodegenerativas na prática clínica. Para além do seu papel no domínio da prevenção, diagnóstico e monitorização da progressão da doença, também poderão desempenhar, no futuro, uma papel importante ao nível da terapia e da avaliação do sucesso terapêutico das doenças em que se encontrarem patofisologicamente implicados.The microvesicles are a heterogeneous group of spherical vesicles with a diameter of 100-1000 nm formed by budding of the plasma membrane of the cell. The exosomes are more homogeneous and smaller (40-120 nm) structures than the microvesicles. Unlike microvesicles, which are abundant in the blood circulation and derived primarily from platelets, exosomes are originated in the endolysosomal cell compartment. These structures have been detected in the blood and in various body fluids (urine, bronchoalveolar secretions, mucus, saliva, bile, ascyte, cerebrospinal fluid, and breast milk). Their composition is heterogeneous and depends on the cell type of origin. The unique composition is a prerequisite for its potential function as pathophysiological biomarker. In fact, its specific constitution in transmembrane proteins, soluble proteins, mRNA and microRNA may be representative of a normal physiological or pathological condition. Thus, a critical step for its aplication, in future, as biomarkers consists in the identification of unambiguous correlations between different states of disease progression and their biochemical pattern. Additionally, the possibility to quicky detect and characterize microvesicles and endosomes using specific biosensors, should allow their use in clinical practice as biomarkers of etiological diverse diseases such as cancer, metabolic diseases and neurodegenerative disorders. Beyond its role in the prevention, diagnosis and monitoring of disease progression, they may also play, in the future, an important role in the therapy itself or in monitoring therapeutic success in those diseases that they become physiopathologically implicated.porMicrovesículaExossomaBiomarcadorDoença oncológicaDoença metabólicaMicrovesicleExosomeBiomarkerOncologic diseaseMetabolic diseasePotencialidades terapêuticas das microvesículasmaster thesis201507510