Braga, Ana Isabel Costa Lima da CunhaSilva, Catarina Filipa da2025-08-042025-08-042025http://hdl.handle.net/10284/14483Projeto de Graduação apresentado à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de Licenciada em Ciências Biomédicas Laboratoriais.Introdução: A holoprosencefalia (HPE) é uma malformação congénita do prosencéfalo, com apresentação clínica e genética altamente heterogénea. Apesar da sua gravidade, os avanços recentes em neuroimagem e genética têm permitido uma melhor caracterização desta condição. Objetivo: Esta revisão narrativa visa sintetizar as evidências recentes (2020–2025) sobre a HPE, com foco nos fenótipos associados, fatores maternos e obstétricos, e contribuições genéticas, através da análise crítica de estudos clínicos, imagiológicos e moleculares. Métodos: Foi realizada uma pesquisa estruturada nas bases de dados PubMed e Web of Science, segundo critérios de inclusão e exclusão definidos, tendo sido incluídos quarenta estudos clínicos com descrição fenotípica e etiológica da HPE. Resultados: A HPE lobar foi o subtipo mais identificado (46,7%). Identificaram-se mutações recorrentes nos genes SHH, ZIC2 e SIX3, bem como fatores ambientais como diabetes materna, álcool e canabinóides. A maioria dos casos apresentou malformações encefálicas e faciais. O uso de ressonância magnética e sequenciação de nova geração (NGS) foi essencial para a caracterização precoce e aprofundada dos casos. Conclusão: A HPE permanece uma malformação complexa, cuja compreensão exige uma abordagem multidisciplinar. A integração dos dados clínicos permite uma melhor estratificação fenotípica e um aconselhamento familiar mais eficaz.Introduction: Holoprosencephaly (HPE) is a congenital malformation of the prosencephalon, characterized by high clinical and genetic heterogeneity. Despite its severity, recent advances in neuroimaging and genetics have enabled a more refined characterisation of this condition. Objective: This narrative review aims to synthesize the most recent evidence (2020–2025) on HPE, focusing on associated phenotypes, maternal and obstetric factors, and genetic contributions, through critical analysis of clinical, imaging, and molecular studies. Methods: A structured literature search was conducted in the PubMed and Web of Science databases, applying inclusion and exclusion criteria. Forty clinical studies describing phenotypic and aetiological features of HPE were included. Results: The lobar form of HPE was the most frequent subtype (46.7%). Recurrent mutations were identified in the SHH, ZIC2, and SIX3 genes, alongside environmental risk factors such as maternal diabetes, alcohol exposure, and cannabis use. Most cases presented associated encephalic and facial malformations. The use of magnetic resonance imaging and next-generation sequencing (NGS) was essential for early and detailed characterisation. Conclusion: HPE remains a complex malformation requiring a multidisciplinary approach for its understanding. The integration of clinical, imaging, and genetic data allows for better phenotypic stratification and more effective genetic counselling.porHoloprosencefaliaMalformação congénitaEpidemiologiaEtiologiaHoloprosencephalyCongenital malformationEpidemiologyAetiologyHoloprosencefalia: uma revisão narrativa sobre epidemiologia, etiologia e malformações associadasbachelor thesis