Fernandes, CarinaAlves, SóniaDinis, Ana Margarida Ricardo2025-11-212025-11-212025-07-28http://hdl.handle.net/10284/14763Background: Migration plays an increasingly central role in European societies, with voluntary migrants making up a substantial and diverse part of the population in many host countries. Although interest in immigrant mental health has grown in recent years, relatively few studies have directly compared the psychological outcomes of immigrants and native-born populations using standardized self-report instruments. In particular, evidence remains limited regarding differences in anxiety symptoms between these groups. This gap is especially relevant in the European context, where voluntary migrants constitute a significant portion of the population and continue to influence public health priorities. Objective: This systematic review and meta-analysis aimed to critically evaluate whether voluntary migrants in European host countries experience significantly different levels of anxiety symptoms compared to native-born individuals, based on validated self-report instruments. By synthesizing existing evidence, this study aims to highlight potential mental health disparities within increasingly diverse European societies. Methods: A comprehensive literature search was conducted across Medline, PsycINFO, and Web of Science, identifying peer-reviewed studies published from 2010 onward. Eligible studies included comparisons of anxiety symptoms between voluntary migrants and native-born populations within European countries, using standardized self-report anxiety measures. Results: Five studies were included in the final analysis, representing six comparisons. The meta-analysis revealed a small but statistically significant effect, with voluntary migrants reporting higher anxiety symptoms than native-born individuals (Hedges’ g = 0.25, 95% CI [0.05, 0.46], p = .016). However, substantial heterogeneity was observed across studies (I² = 81.8%). A sensitivity analysis excluding two comparisons that increased the pooled effect (Hedges’ g = 0.33, 95% CI [0.24, 0.42], p < .001) and reduced heterogeneity to non-significant levels (I² = 0%). Discussion: These findings indicate that even among voluntary migrants elevated anxiety symptoms may be present. Although such migrants are not typically exposed to the acute trauma experienced by forcibly displaced populations, the psychological demands of migration, such as cultural adaptation, social isolation, and systemic barriers, can still contribute to distress. The small but consistent effect observed across studies indicates a consistent pattern. These results highlight the importance of culturally informed mental health strategies and equitable access to services that respond to the specific needs of immigrant populations within European host societies. Conclusion: This review provides evidence of a consistent increase in anxiety symptoms among immigrants in Europe compared to native-born populations, suggesting that migration may carry a psychological burden linked to various stressors. Given the increasing diversity of European societies, the results emphasize the need for inclusive mental health strategies that are responsive to the experiences of voluntary migrants. Further research using longitudinal designs and culturally validated instruments is essential to better understand how anxiety evolves over time and to inform effective, evidence-based interventions.Enquadramento: A migração tem vindo a assumir um papel cada vez mais central nas sociedades europeias, com os migrantes voluntários a representarem uma parte significativa e diversificada da população em muitos países de acolhimento. Embora o interesse pela saúde mental dos imigrantes tenha aumentado nos últimos anos, ainda são poucos os estudos que comparam diretamente os resultados psicológicos de imigrantes e nativos, utilizando instrumentos padronizados de autorrelato. A evidência sobre as diferenças nos sintomas de ansiedade entre estes grupos permanece escassa, sendo esta lacuna particularmente relevante no contexto europeu. Objetivo: Esta revisão sistemática e meta-análise teve como objetivo avaliar se os migrantes voluntários em países europeus apresentam níveis significativamente diferentes de sintomas de ansiedade em comparação com indivíduos nativos, com base em instrumentos de autorrelato validados. A síntese da evidência existente procura identificar disparidades em saúde mental em sociedades europeias cada vez mais diversas. Métodos: Realizou-se uma pesquisa abrangente nas bases de dados Medline, PsycINFO e Web of Science, incluindo estudos publicados a partir de 2010. Foram considerados elegíveis os estudos que compararam sintomas de ansiedade entre migrantes voluntários e populações nativas em países europeus, recorrendo a medidas padronizadas de autorrelato. Resultados: Foram incluídos cinco estudos na análise final, resultando em seis comparações. A meta-análise revelou um efeito pequeno, mas estatisticamente significativo, com os migrantes voluntários a reportarem níveis mais elevados de sintomas de ansiedade do que os indivíduos nativos (g de Hedges = 0.25, IC 95% [0.05, 0.46], p = .016). Observou-se uma heterogeneidade substancial entre os estudos (I² = 81,8%). Uma análise de sensibilidade, que excluiu duas comparações extremas, aumentou o efeito combinado (g = 0.33, IC 95% [0.24, 0.42], p < .001) e reduziu a heterogeneidade para níveis não significativos (I² = 0%). Discussão: Estes resultados sugerem que, mesmo em contextos de migração voluntária, os indivíduos enfrentam desafios psicológicos que podem contribuir para o aumento dos sintomas de ansiedade. Fatores como adaptação cultural, isolamento social e barreiras sistémicas podem desempenhar um papel relevante. O padrão consistente identificado reforça a necessidade de estratégias de saúde mental culturalmente sensíveis e de um acesso equitativo aos serviços, adaptados às necessidades específicas das populações migrantes. Conclusão: Esta revisão oferece evidência de um aumento consistente dos sintomas de ansiedade entre imigrantes em comparação com populações nativas na Europa, destacando o potencial fardo psicológico associado à migração voluntária. Os resultados sublinham a importância de políticas e intervenções inclusivas, bem como da realização de estudos longitudinais com instrumentos culturalmente validados, para compreender a evolução dos sintomas ao longo do tempo e orientar respostas eficazes em saúde mental.engVoluntary migrationAnxiety symptomsImmigrants mental healthSystematic reviewMeta-analysisMigração voluntáriaSintomas de ansiedadeSaúde mental de imigrantesRevisão sistemáticaMeta-análiseAnxiety disorders among immigrants in european host countries versus native population: a systematic review and meta-analysisPerturbações de ansiedade entre imigrantes em países de acolhimento europeus versus população nativa: uma revisão sistemática e meta-análisemaster thesis204049016